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22 DE DEZEMBRO DE 2012

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Sr. Primeiro-Ministro, a azáfama é tanta que as contradições são mais do que muitas. É preciso reformar o

Estado? Diz o Partido Socialista: «É. Mas nada de cortar na despesa. Isso já não é preciso.» Aliás, o Dr.

António José Seguro até diz que isso não é um problema dele e, como hoje aqui disse, o nosso desemprego

também não é um problema dele, nem do Partido Socialista. Os nossos níveis de dívida, o nosso défice,

também não são um problema do Partido Socialista. Foi tudo culpa deste Governo que, após a ajuda externa,

teve de encetar um processo de recuperação, quer da nossa soberania, quer dos nossos níveis de

desenvolvimento.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, diz o próprio líder do Partido Socialista que só é

preciso cortar na despesa porque o Primeiro-Ministro criou um buraco nas contas públicas. Sr. Primeiro-

Ministro, que descaramento vir dizer isso quando foi esse partido que criou uma cratera nas contas públicas,

uma cratera que levou o País a pedir ajuda externa, quando foi esse partido que aumentou de forma

desmesurada o endividamento do País. É preciso ter, de facto, muito descaramento para acusar este Governo

e este Primeiro-Ministro de estarem hoje a cortar na despesa, em virtude de um hipotético falhanço nas metas

orçamentais!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, como disse — e é bem verdade —, é bem mais

fácil pedir ajuda do que pagar a ajuda que se pede. Eu diria mesmo que é muito fácil pedir ajuda. É fácil e é

socialista, Sr. Primeiro-Ministro!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Aliás, como diz o líder parlamentar do Partido Socialista, Deputado

Carlos Zorrinho, de uma assentada deve haver mais dinheiro na economia, mais tempo para o programa,

menos juros, tudo sem ser necessário mais nenhum empréstimo. Ora, aí está, Sr. Primeiro-Ministro, a magia

do Natal: mais dinheiro,…

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

… mais tempo, menos juros, menos empréstimos e, claro, menos dívida e menos défice. Tudo isto é a

solução e a ilusão do Partido Socialista!

É caso para dizer, Sr. Primeiro-Ministro: com tanta sabedoria, como é que não puseram tudo isto em

prática, quando tinham a responsabilidade de conduzir o Governo? Tinham poupado o País e os portugueses

dos sacrifícios que hoje temos de fazer. Era fácil, Sr. Primeiro-Ministro, como diz o Partido Socialista.

Aplausos do PSD.

Sr. Primeiro-Ministro, também se falou, neste debate, de privatizações. É mais um domínio que marca bem

a diferença de postura entre esta maioria e a oposição e o Partido Socialista.

De resto, a julgar pelas posições formais dos partidos que compõem esta maioria e do Partido Socialista,

nós devíamos estar de acordo, Sr. Primeiro-Ministro,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E estão!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … porque as privatizações que se realizaram, e as que estão em curso,

foram assumidas, ao fim e ao cabo, também pelo anterior Governo e também pelo Partido Socialista.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — É verdade!

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