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I SÉRIE — NÚMERO 34

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desemprego muitíssimo mais baixo, tudo isto num milagre económico que ninguém consegue conceber e que

só pode gerar desconfiança nos cidadãos.

Essa é a nossa divergência de opinião. Percebo a pressa em querer colocar simpatia no discurso público,

mas nem sempre aqueles que querem ser mais simpáticos são aqueles que são mais considerados, pela

simples razão de que as pessoas sabem que esse milagre não existe.

Sr. Deputado, é por isso importante que, durante o próximo ano, o Governo possa prosseguir a sua tarefa,

de detalhar medidas de poupanças adicionais, a consolidar até 2014, de modo a que possamos — com

sacrifício, é evidente —, ao mesmo tempo, apontar a médio prazo (não é para o ano, é a médio prazo) para

um alívio do esforço fiscal que é pedido aos portugueses, e não agravar com isso o défice público.

Não há milagres aqui. Só é possível aliviar a função fiscal a prazo, se conseguirmos que o Estado gaste

menos do que aquilo que gasta hoje.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — É preciso que a economia cresça!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Os Srs. Deputados do Partido Socialista julgam que a economia cresce

quando o Governo gasta dinheiro — e isso é verdade.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — É cortar na despesa!

O Sr. Primeiro-Ministro: — No curto prazo, a economia responde e cresce. Mas, depois, vem a ressaca,

que é aquela que estamos a viver. Só que, hoje, nem sequer podemos fazer essa leviandade. Porquê? Porque

não temos sequer margem de manobra para fazer essa escolha.

Isto é importante dizer-se, porque o Governo nunca tomaria um caminho irresponsável como esse que o

Partido Socialista promete hoje aos portugueses. Nunca o faríamos! Mesmo que tivéssemos margem de

manobra.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Mas é importante que o País saiba que, se o Partido Socialista porventura estivesse hoje no Governo,

também não o poderia fazer, embora com pena do Partido Socialista, porque não teria dinheiro para o fazer.

O Sr. António José Seguro (PS): — E o que é que falhou?

O Sr. Primeiro-Ministro: — E essa foi a razão por que, quando esteve no Governo, teve de o pedir

emprestado. É que não o tinha!

Não sei por que é que o milagre do crescimento socialista não impediu aquele Governo de pedir dinheiro

emprestado e de não continuar a projetar crescimento económico para o futuro…?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

Esse é o milagre que aqueles que estão hoje no Partido Socialista e que estiveram no Governo, como é o

caso do Sr. Deputado Pedro Marques, não conseguem explicar.

Mas nós estamos a trabalhar para pôr a economia a crescer. Essa é a razão por que este ano foi tão

importante.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — E o crescimento económico para o ano? Onde está?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Nós concentrámos ao longo deste ano reforma estrutural importante para

conseguirmos justamente um nível de competitividade de setores económicos menos protegidos e um acesso

mais liberalizado às profissões. E para conseguirmos também iniciar um processo de reforma da justiça muito

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