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5 DE JANEIRO DE 2013

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regime fascista, recuperar e reconquistar a liberdade e a democracia e mudar para sempre o País e a vida dos

portugueses.

Celebrar e honrar a memória de António Marques Júnior é para nós, e no tempo que passa, continuar o

seu exemplo e responder à exigência que nos deixa: sempre e sempre mais liberdade, mais democracia e

mais igualdade. No respeito pela sua memória, é isso que faremos!

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Secretária de Estado, Sr.as

e Srs. Deputados,

Familiares de António Marques Júnior, Militares de Abril: A bancada do PCP associa-se a este voto de pesar,

a esta homenagem ao Deputado e Coronel Marques Júnior. Foi com enorme choque que tivemos

conhecimento do seu falecimento prematuro, muito prematuro. Marques Júnior tinha ainda uma grande

contribuição a dar à democracia portuguesa.

Tivemos um convívio nesta Assembleia de mais de duas décadas. O Deputado Marques Júnior, um dos

mais brilhantes e estimados Deputados de entre nós, exerceu aqui funções de grande relevância. Para além

de ter sido vice-presidente na V Legislatura, foi uma grande referência da Comissão de Defesa Nacional ao

longo destas décadas, que ainda ontem, em reunião, muito justamente, homenageou o Deputado Marques

Júnior pelo seu papel relevantíssimo nesta área, particularmente nessa comissão parlamentar.

Foi também um Deputado brilhante da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e

Garantias.

Ao longo de todos estes anos, tivemos a oportunidade e o privilégio de conviver com as qualidades

políticas e humanas de António Marques Júnior. Daí que o seu falecimento seja uma enorme tristeza e um

grande choque para todos nós, que com ele convivemos.

Mas queríamos salientar que o lugar maior que António Marques Júnior tem na História de Portugal reside

no facto de ser um dos militares revolucionários do 25 de Abril. Para além da muito brilhante intervenção que

teve como parlamentar e o grande lugar que teve no nosso coletivo nacional, o facto de ter pertencido a esse

grupo de militares que restituíram a liberdade ao povo português é o seu grande lugar na História!

Em nome do Grupo Parlamentar do PCP, dirijo as nossas condolências aos seus familiares e aos seus

camaradas Capitães de Abril. Todos nós portugueses, todos nós parlamentares estamos de luto pelo

falecimento de António Marques Júnior.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Secretária de Estado, Sr.as

e Srs. Deputados:

Foi também com grande consternação que o Grupo Parlamentar de Os Verdes tomou conhecimento da

hospitalização de Marques Júnior e, depois, do seu falecimento.

Curiosamente, a última vez que falei com Marques Júnior foi no dia 21 de Dezembro, em que se assinalou

aqui, na Assembleia da República, uma pequena cerimónia de Natal. A propósito da atuação do coro da

Assembleia da República nesse dia, ele fez-me uma confidência pessoal, que não vou obviamente partilhar,

nem tem relevância, sobre dotes musicais.

E lembro isso para dizer o quê? A componente pública de Marques Júnior é extraordinariamente

reconhecida e profundamente admirada, mas nestas alturas é também importante realçar a componente

pessoal das pessoas.

Estamos a falar de um homem extraordinariamente afável, com uma grande simplicidade na comunicação,

e quando falo de simplicidade falo da facilidade de aproximação aos outros. Isto é muito enriquecedor das

pessoas, porque são as pessoas profundamente enriquecidas do ponto de vista pessoal e profundamente

compreensivas que conseguem chegar com essa facilidade aos outros. E a Marques Júnior era muito, muito

fácil chegar aos outros.

Às vezes, as pessoas dizem-nos: «Vocês andam todos a discutir lá no Plenário da Assembleia da

República, uns para aqui, outros para ali, e depois nos corredores falam todos». É verdade, nós falamos nos

corredores, porque nós também somos pessoas, nós também fazemos amizades, também falamos de outras

coisas. Nesta Câmara política também aprendemos a conhecer as pessoas de outra forma. E há pessoas que,

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