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17 DE JANEIRO DE 2013

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Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Arménio Santos (PSD): — O Partido Social Democrata está bem consciente dos sacrifícios que os

portugueses estão a viver hoje.

O Partido Social Democrata é profundamente sensível aos problemas que se colocam às famílias, no

domínio do desemprego.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Arménio Santos (PSD): — Gostaríamos que a situação no nosso país permitisse aumentos salariais

e aumentos das pensões e que não estivéssemos amarrados a compromissos resultantes de um Memorando

de Entendimento negociado e celebrado pelo governo anterior.

Para o Partido Social Democrata, Sr.ª Deputada, seria bem mais simpático, bem mais encorajador e bem

mais estimulante se pudéssemos ter condições políticas, económicas e sociais para realizarmos uma política

que fosse ao encontro dos mais profundos interesses dos cidadãos portugueses, só que o atual Governo está

obrigado a honrar os seus compromissos internacionais. Isso implica dificuldades, isso implica sacrifícios. No

último ato eleitoral, todos sabíamos que isso iria acontecer.

Por isso, não somos indiferentes àquilo que se passa lá fora. Bem pelo contrário, Sr.ª Deputada. Quando

as bancadas das oposições procuram transmitir que de um lado há o coração e do outro há a indiferença, isso

não corresponde à verdade. Nós também sentimos — e sentimo-lo com força — as dificuldades com que

muitos dos portugueses se confrontam hoje, mas acreditamos que o caminho difícil que estamos a percorrer

vai permitir que as coisas melhorem, no futuro, e esta dinâmica seja invertida.

V. Ex.ª preconiza o conflito para resolver o problema; nós preconizamos o diálogo, a concertação. Não

defendemos a divisão entre portugueses, não defendemos a paralisação da economia, a paralisação dos

transportes, de que V. Ex.ª fez a apologia, defendemos o diálogo, a coesão social, a paz social, porque

acreditamos que só com paz social, com coesão e com uma linha de rumo correta será possível

ultrapassarmos a dificuldades presentes e voltarmos a ter esperança e confiança num futuro melhor para

todos os portugueses.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Arménio Santos, não quero ser pouco

simpática, mas acho que veio aqui «derramar uma espécie de lágrimas de crocodilo», porque veio dizer-nos

que está preocupado, é sensível aos problemas e defende a paz social.

Sr. Deputado, quando percebemos que para o Banif há 1100 milhões de euros — assim, rapidamente! —,

quando percebemos que Passos já nos prometeu, por diversas vezes, que estes sacrifícios são necessários

porque o amanhã vai ser bem mais glorioso e vemos aquilo que o Banco de Portugal nos disse, ontem, não

podemos ter qualquer tipo de confiança em que este Governo venha a ter a capacidade de alterar o rumo do

País, pondo-o a crescer, pondo a economia a crescer, porque só assim poderá criar emprego e tirar os

portugueses deste abismo onde estão a cair.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Deputado, fiz a apologia — e repito a apologia que fiz — da defesa dos

direitos dos trabalhadores, da defesa da contratação coletiva, da defesa do bem maior que é o acordo

negociado democraticamente entre as partes. E fi-lo com a consciência de que, perante este Governo, só a

oposição às suas medidas, só a luta na defesa destes direitos é que conseguirá demover o Governo — e o

patronato, que, à boleia das medidas do Governo, ainda quer mais e sempre mais —, com esta convicção de

que só desta forma é possível retomar esses direitos.

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