O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 DE JANEIRO DE 2013

39

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís

Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, antes de mais e em nome do

Partido Ecologista «Os Verdes», queria saudar os subscritores da petição que agora discutimos, sobretudo os

que estão hoje presentes nas galerias, e a Comissão de Utentes de Saúde dos Concelhos de Alcobaça e

Nazaré, que dinamizaram esta petição.

De facto, como muito bem referem os subscritores, o encerramento total ou parcial da Unidade Hospitalar

de Alcobaça — Hospital Bernardino Lopes de Oliveira — vai ter um impacto dramático na saúde das

populações dos concelhos de Alcobaça e Nazaré. O encerramento desta unidade de saúde vai potenciar o

aumento do risco de vida e diminuir a sua qualidade em doentes com AVC (acidentes vasculares cerebrais),

enfartes do miocárdio, doentes politraumatizados e outros.

Acresce, ainda, que esse encerramento vai provocar, para além de outras situações graves para as

populações, um substancial aumento das despesas em deslocações no regresso pós-alta, em consultas, em

exames, na obtenção de medicamentos de uso exclusivo hospitalar e até ao nível das visitas.

Portanto, o que está em causa com esta pretensão do Governo acaba por ser a própria manutenção do

Serviço Nacional de Saúde, tal como se encontra consagrado na nossa Constituição, ou seja, um serviço de

saúde universal, público, eficiente e tendencialmente gratuito, que ficará irremediavelmente comprometido face

à incapacidade de resposta às necessidades dos 72 000 habitantes destes dois concelhos.

E esta mais que evidente incapacidade de resposta do sector público, que está a ser trabalhada pelo

Governo, só pode ter uma leitura quanto aos seus objetivos: preparar o caminho para o setor privado da saúde

avançar.

O Governo, em vez de estar preocupado com a saúde das populações, porque foi esse o seu compromisso

e é para isso que está mandatado, parece estar mais preocupado com a saúde financeira dos grupos privados

com interesses na saúde.

Isto entristece e gera descontentamento e revolta nas populações, e, já agora, com toda a legitimidade,

porque as pessoas pagam impostos, pagam muito, e, quando precisam do Estado, o Governo manda-os para

o setor privado.

«Os Verdes», não alinhando neste jogo, exigem a manutenção da Unidade de Saúde de Alcobaça e a

reestruturação dos cuidados de saúde nos concelhos de Alcobaça e Nazaré.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Conceição Pereira.

A Sr.ª Maria Conceição Pereira (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Estamos a discutir vários

diplomas que têm a ver com a reorganização das unidades hospitalares no Oeste e eu gostava de recordar

que este Governo recebeu uma dívida do Ministério da Saúde de cerca de 3000 milhões de euros, sendo que,

de entre este valor, da parte do CHON (Centro Hospitalar Oeste Norte) haveria uma dívida de 54 milhões.

Por outro lado, gostaria de lembrar que, para termos Serviço Nacional de Saúde, é preciso pagar aos

fornecedores e é preciso pagar aos profissionais de saúde, para garantirmos um bom serviço, um serviço de

qualidade.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Maria Conceição Pereira (PSD): — E, Sr.ª Deputada do Partido Socialista, quando foi a

reorganização do CHON, não tenho memória que tenha havido uma consulta à população para juntar o

hospital das Caldas, de Peniche e de Alcobaça. Nesse momento, os senhores não se lembraram da

população!

Vozes do PSD: — Muito bem!

Páginas Relacionadas
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 46 34 Por isso, é tão importante esta iniciativa des
Pág.Página 34
Página 0035:
26 DE JANEIRO DE 2013 35 No nosso entender, poderá ser geradora das divergências e
Pág.Página 35