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I SÉRIE — NÚMERO 49

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Para evitar qualquer demagogia a este respeito, deixe-me dizer-lhe o seguinte, Sr. Deputado: dos 78 000

milhões de euros que Portugal solicitou para a sua economia,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — À economia ainda não chegou nada!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … que é como quem diz para o Estado e, portanto, para os portugueses (não

é diretamente para as empresas, é para os portugueses), uma parcela de 12 000 milhões ficou destinada à

estabilização do sistema financeiro, e desses 12 000 milhões, até hoje, tivemos canalizados 5000 milhões.

Protestos do PCP.

Sr. Deputado, como é que consegue dizer com seriedade que estamos a favorecer a banca quando

injetámos na banca 5000 milhões em 78 000 milhões? Como é possível o Sr. Deputado querer distorcer as

coisas nesse sentido?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Para onde foi o resto?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Há algo que os Deputados da sua bancada não percebem (ou talvez

percebam, mas não lhes dá jeito): os 78 000 milhões de euros que o Estado pediu emprestado para estes três

anos não são para a economia, são para o Estado!

Vozes do PCP: — Para a banca!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não! São para o Estado, Sr. Deputado. Sabe para quê? Para o Estado pagar

os salários, para o Estado pagar as pensões, para o Estado pagar o seu défice.

São para o Estado, Sr. Deputado!

Vozes do PCP: — É mentira!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vê como os Deputados do seu partido fazem muito barulho, mas acrescentam

muito pouco esclarecimento a Portugal!

Protestos do PCP.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Que bom seria o exemplo do Partido Comunista de esclarecimento e de pedagogia em Portugal.

Não é o Estado que dá o financiamento à economia, Sr. Deputado, nem é a troica.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Nem é a banca!

O Sr. Primeiro-Ministro: — São justamente os investidores financeiros e por isso é tão importante aceder

a financiamento em mercado, porque é daí, Sr. Deputado, que virá o financiamento para a nossa economia.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Termino já, Sr.ª Presidente.

Sei que o Sr. Deputado — como, de resto, o Sr. Deputado António José Seguro — considera que tudo o

que pode correr bem em Portugal é apesar do Governo, porque se não tivéssemos cá este Governo as coisas

correriam muito melhor, como é evidente!

Ficámos a saber agora que o Sr. Deputado considera que passámos também a mandar no tempo…

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