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I SÉRIE — NÚMERO 52

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sociedades de advogados e, depois, por intermédio dessas sociedades, a terem participações em atividades

económicas que, por si, não podiam ter. Isto, Sr.as

e Srs. Deputados, é obscuro e é um anátema que se lança

sobre a Assembleia da República e sobre a verdadeira independência com que os Deputados aqui exercem o

seu mandato.

Ano após ano, somos confrontados com situações que dão conta dessa promiscuidade, situações que

demonstram que as atuais regras do Estatuto dos Deputados não são compatíveis com o exercício livre e

independente que devia subjazer a este mandato. E as Sr.as

Deputadas e os Srs. Deputados do bloco central

de interesses vêm aqui defender o quê? Que o PCP lança um anátema de funcionalização dos Deputados.

Srs. Deputados, tenham alguma vergonha! Tenham alguma vergonha! Os Srs. Deputados não podem ir

para as televisões e para os jornais…

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Concluirei, Sr.ª Presidente.

Como estava a dizer, os Srs. Deputados não podem ir para as televisões e para os jornais dizer o que

dizem sobre conflitos de interesses e, depois, vir para a Assembleia da República utilizar o discurso que

utilizaram quando se apresentam propostas para impedir esses conflitos de interesses. Tenham, pelo menos,

alguma vergonha!

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para intervir, tem a palavra o Sr. Deputado Sérgio Azevedo, que

dispõe apenas de 2 segundos.

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Serei muito breve, Sr.ª Presidente.

Srs. Deputados do Bloco de Esquerda e do PCP, sobre esta matéria, o PSD não recebe lições de ninguém,

e explico porquê.

Protestos do PCP.

É que todas as alterações nesta matéria, e até, diga-se, as relativas ao enriquecimento ilícito, foram feitas

com os votos e com a aprovação do PSD!

Aplausos do PSD.

Sobre essa matéria, estamos conversados!

Não temos sobre esta matéria uma atitude, como tem o Partido Socialista, de «nim». Ou sim ou não! E,

agora, não! Sobre esta matéria, não!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso é que é argumento!

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Mas permitam-me que vos diga que há uma grande diferença entre a

vossa bancada e esta bancada: é que na vossa bancada todas as pessoas pensam da mesma maneira. Na

minha opinião, essa forma de viver diminui a democracia.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não seja ordinário!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Isso é que é um argumento de fundo!…

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Na minha bancada, pensamos muitas vezes de forma diferente. Mas isso,

Srs. Deputados, intensifica, vivifica e fortalece a democracia.

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