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8 DE MARÇO DE 2013

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os professores, nas próximas jornadas de luta, os funcionários, que ganham 3,20 €/hora, não vão continuar a

baixar os braços; vão continuar, sim, a desencadear lutas muito importantes pela dignidade das suas vidas.

Protestos do PSD.

Aliás, até é importante que os Sr. Deputados, de cada vez que se fala em luta, se indignem. É porque

aqueles que estão hoje na escola sabem que tudo o que têm é devido à sua luta, nenhum Governo lhes

ofereceu nada. A sua luta de todos os dias, mais cedo do que tarde, há de derrotar este Governo e esta

política.

Aplausos do PCP.

Protestos do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Fazenda.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O Bloco de Esquerda quer também

saudar a Associação Nacional de Professores de Educação Visual e Tecnológica, os peticionários, em número

de milhares, e a oportunidade que temos deste debate.

Este debate, convém não nos enganarmos, é a história de um despedimento coletivo.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Muito bem!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Foi isso que foi patrocinado, não foi outra coisa senão isso: um enorme

despedimento coletivo de professores de EVT! Quebrou-se o par pedagógico nessa disciplina, a

reestruturação curricular nesta área, como em outras, comprimiu as ofertas do sistema e diminuiu-se a

qualidade pedagógica. Aliás, a direita já admitiu isso neste debate.

Portanto, realizou-se um despedimento coletivo, desqualificou-se a oferta do ensino público, mas isso

pouco importa porque, na verdade, o sistema de ensino que o Governo PSD/CDS e o Sr. Ministro Crato

preconizam é o do regresso a um ensino livresco, a um ensino de aprendizagem da expressão, mas não da

globalidade do que deve ser um ensino moderno e contemporâneo, ou seja, de associação entre a capacidade

de leitura crítica mas também da capacidade de poder fazer a ligação entre o saber e o saber fazer. É isso que

releva hoje da materialidade e da capacidade de um ensino moderno, de um ensino que está sucessivamente

em renovação, de novos ciclos de conhecimento muito rápidos e muitos curtos, que obrigam a uma

capacidade muito diferente, não só do ponto de vista dos conhecimentos gerais, dos conhecimentos mais

intelectualizados, mas também dos que têm a ver com a utilização das ferramentas e das capacidades de

moldar tudo aquilo que tenha a ver com aplicações tecnológicas.

É isso que esta maioria quis quebrar por uma razão economicista, por uma razão de poupança orçamental,

mas também, muito para além disso, porque é o ranço da sua doutrina educativa, porque é a naftalina do

antigo regime com uma nova faceta e um bocadinho de verniz. Mas é isso, é a antiga escola que vai aqui

ressurgindo.

Esperemos que, mais cedo do que tarde, possamos terminar com este ciclo e voltar, cada vez mais e cada

vez melhor, a uma escola diferente, a uma escola do século XXI.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês Teotónio

Pereira.

A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Queria começar por saudar os

peticionários aqui presentes, que apresentaram esta petição em junho do ano passado, sendo inquestionável

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