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I SÉRIE — NÚMERO 72

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Portanto, foi aquilo a que se chama sensibilidade social e parece-me que o Bloco de Esquerda poderia

dizer, ao menos nesta parte, que o Governo agiu bem.

Depois, diz o Bloco de Esquerda: «A montanha pariu um rato». Não sou especialista nessa matéria, mas

gostava de lhe dizer que os CIEG (Custos de Interesse Económico Geral), em 2005, nas tais meias verdades,

eram 500 milhões, quando o Partido Socialista saiu do Governo eram 2500 milhões — só três vezes mais!

Sr.ª Deputada Ana Drago, sobre as garantias de potência e sobre os parques eólicos, a Sr.ª Deputada falou

muito bem. Aliás, lembrar-se-á que nos CIEG e nos CMEC estão os tais carros elétricos. Hoje, o País tem um

conjunto enorme de postos de carregamento de carros elétricos mas não há os ditos carros. Estamos todos a

pagar esses erros, estamos todos a pagar essa ilusão, essa falta de sensibilidade e essa falta de visão.

Foi este Governo que, pela primeira vez — repito, pela primeira vez! — olhou para as rendas excessivas e

tentou reduzi-las. É certo que é até 2020, mas conseguiu reduzi-las em 140 milhões de euros no setor eólico e

443 milhões de euros na garantia de potência. Se este Governo não tivesse feito nada seriam 693 milhões de

euros!

Diz a Sr.ª Deputada que foi pouco. Concordo com V. Ex.ª, todos gostaríamos de ter ido mais longe e até o

representante do FMI disse que devíamos ter ido mais longe. Cá estaremos para ir mais longe…

Entretanto, reassumiu a presidência a Presidente, Maria da Assunção Esteves.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Termino, Sr.ª Presidente.

Sr.ª Deputada Ana Drago, acredito no Estado de direito, acredito num Estado que cumpre os seus

compromissos e os seus contratos e acredito que o Estado tem de negociar e, negociando, às vezes,

consegue mais sucesso. Portanto, podemos discutir esse assunto seriamente e a Sr.ª Deputada poderá dizer

«eu quero mais, eu espero mais», mas alguma coisa foi feita e foi por este Governo, Sr.ª Deputada.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, sou daquelas que até aceitaria o

silêncio e a incomodidade do CDS. Quando o CDS não sabe bem o que dizer e, como não pode fugir do

Plenário, tenta não dizer nada, pelo menos nada que se possa recordar. Mas não esperava que o Sr.

Deputado viesse aqui tentar «furar» por entre as verdades e as falsidades para dizer coisas que não

correspondem, pura e simplesmente, àquilo que é hoje a experiência de vida de empresários e famílias.

Isto porque, Sr. Deputado — e são números do EUROSTAT não são meus —, a eletricidade aumentou

mesmo 25% e para a tarifa social aumentou o dobro da inflação.

Portanto, não venha aqui dizer, estranhamente, que tentaram proteger alguns setores.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Exatamente!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Ninguém foi protegido, exceto os acionistas da EDP.

Na verdade, recordo-me bem da campanha eleitoral, Sr. Deputado — é um defeito meu ter memória! — e,

portanto, lembro-me bem de compromissos assumidos pelo CDS.

Protestos do CDS-PP.

Não me lembro — se calhar não estive nessa reunião, não apareceu nas televisões — do compromisso

que o CDS assumiu, se calhar com a administração da EDP, em relação aos contratos «sagrados». O que me

lembro é de o CDS assumir um compromisso com as famílias, era o visto familiar. É uma boa mensagem

mediática, marketing político, mas, no exato momento em que assumiram funções, foi o ataque às rendas

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