O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

4 DE ABRIL DE 2013

21

O Sr. António José Seguro (PS): — Mas há mais, Sr. Primeiro-Ministro: instabilidade política? Sr.

Primeiro-Ministro, olhe para o seu lado esquerdo, olhe para o Dr. Paulo Portas e, com certeza, encontra

instabilidade política. Desde setembro que este Governo vive em instabilidade política, desde setembro que

este Governo vive em instabilidade entre os dois partidos que apoiam a maioria parlamentar.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Ainda que houvesse, o senhor conseguia unir tudo!

O Sr. António José Seguro (PS): — A instabilidade política já existe e foi criada a partir do momento em

que o senhor, contrariando todas as suas promessas eleitorais, teve a peregrina ideia de exigir aos

trabalhadores portugueses que pagassem mais contribuição para a segurança social e, dessa forma,

financiassem as respetivas empresas. Foi nessa altura que o senhor perdeu o País, foi nessa altura que o

senhor gerou as condições para haver instabilidade política.

Não é nesta bancada nem na oposição que se passa a vida a dizer que é necessário fazer remodelações

ou que se ouve, em surdina, que assim já não se vai lá. A instabilidade política está na sua postura, está na

sua incoerência e está na sua falta de credibilidade e de autoridade política para liderar o Governo de

Portugal. Aí é que está a instabilidade política!

Aplausos do PS.

Por último, Sr. Primeiro-Ministro, não venha meter medo a ninguém! Em democracia, as eleições e a

substituição de governo são sempre soluções. E o Partido Socialista está aqui, responsavelmente, com uma

atitude democrática, para lhe dizer que lhe deu todas as oportunidades.

O Sr. António Braga (PS): — É verdade!

O Sr. António José Seguro (PS): — Não há nenhum Primeiro-Ministro, em Portugal, que tenha

beneficiado de tantas condições para executar o seu programa político: dispõe de uma maioria parlamentar,

de um Presidente da República e de um Partido Socialista que esteve sempre disponível para contribuir

positivamente com as suas propostas.

Vozes do PS: — Muito bem! É verdade!

Vozes do PSD: — Mentira!

O Sr. António José Seguro (PS): — Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, só há uma pessoa de quem o senhor

tem de se queixar. Sabe de quem? É de si próprio! É de si próprio que o senhor tem de se queixar, porque

também é de si próprio que os portugueses se queixam.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — O Sr. Primeiro-Ministro informou a Mesa de que responderá conjuntamente aos

pedidos de esclarecimento, pelo que tem agora a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, já tínhamos feito a antevisão de

que a apresentação desta moção de censura consubstanciava um «golo» na própria «baliza» do Partido

Socialista e, de facto, estávamos certos, Sr. Primeiro-Ministro.

Começou o Sr. Deputado António José Seguro por dizer que era preciso substituir este Governo por outro

que fosse capaz. Capaz de quê? Capaz de fazer aquilo que os mesmos que se sentam na sua bancada

fizeram e que desembocou no pedido de ajuda externa, em maio de 2011?! É essa capacidade que se quer

oferecer ao País?!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Páginas Relacionadas
Página 0017:
4 DE ABRIL DE 2013 17 A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavr
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 73 18 O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Os senhores hi
Pág.Página 18