O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 DE ABRIL DE 2013

45

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É que o que acontece neste momento exige uma intervenção muito firme do

Estado português e do Governo.

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — É verdade!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Aliás, ao contrário do que tem vindo a acontecer, assumindo o problema como

se fosse uma fatalidade inevitável: «Isto é mesmo assim, o que é que se há de fazer?» E, acima de tudo,

dizendo aos trabalhadores: «Não olhem para isto! Isto não tem nada a ver com os cortes nos vossos salários!

Andamos a tirar os salários, os subsídios de férias e de Natal, ao longo dos anos, a carregar nos impostos, a

cortar nos direitos, a cortar nas diuturnidades para que 30, 40, 140 vezes aquilo que se gasta com os salários

seja entregue aos bancos».

E, depois, aqui está o resultado, Sr. Deputado: um destes bancos envolvidos no processo, a Goldman

Sachs, apresentou, orgulhosamente e com fausto, os resultados deste ano, com um lucro de cerca de 3000

milhões de dólares!

É para aí que está a ir o dinheiro, Sr. Deputado.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora, bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não digam aos trabalhadores e às populações que não há dinheiro. Há

dinheiro com fartura, está a ir para o grande capital financeiro!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nesse sentido, os senhores, os vossos partidos e este Governo, o vosso

Governo, estão a cumprir o papel, mas não é esse o papel que a Constituição da República consagra para o

poder político democrático.

Por isso é que este Governo e esta maioria têm que se ir embora rapidamente.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho

de Almeida.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Então, hoje não é o Hélder Amaral?! Então, e o Hélder Amaral?!…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Já vão ouvir, já vão ouvir!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bruno Dias, trouxe um tema que

é relevante, que diz respeito ao setor empresarial do Estado e que é como tal que deve ser tratado.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Mas é possível tratar este tema com toda a transparência,

sem fugir a nada que seja relevante para que os contribuintes saibam o que está a acontecer com dinheiro

aplicado em empresas públicas, o que tem como consequências algumas das que disse mas tem também tido

como consequência sucessivos agravamentos fiscais a que os contribuintes são sujeitos porque têm de

suportar os custos dessas mesmas empresas públicas, onde, neste momento, se intervém para corrigir

problemas de gestão que são problemas de gestão estruturais…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — E acordos de empresas também!

Páginas Relacionadas
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 79 50 O Sr. Bruno Dias (PCP): — … vemos que há realm
Pág.Página 50
Página 0051:
18 DE ABRIL DE 2013 51 Face a esta iniciativa, apraz-nos dizer que o Decreto-Lei n.
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 79 52 O Sr. Jacinto Serrão (PS): — Sr. Presidente, S
Pág.Página 52
Página 0053:
18 DE ABRIL DE 2013 53 alterações importantes nesta matéria, que o PCP ignora e apr
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 79 54 se procura aparentar a situações de dificuldad
Pág.Página 54
Página 0055:
18 DE ABRIL DE 2013 55 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Hoje, como há menos dinheir
Pág.Página 55