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9 DE MAIO DE 2013

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Srs. Deputados, para nós, é muito importante quem presta o serviço. E a questão está em saber se o

serviço é prestado sob a responsabilidade de uma entidade pública que responde democraticamente perante

os cidadãos ou por um grupo económico privado que defende os seus interesses económicos e que só está

interessado na privatização em nome dos seus interesses económicos. E, depois, experiências de regulação,

sabemos o que elas têm sido, particularmente no nosso País!

Aplausos do PCP.

Más experiências de regulação, infelizmente, temos muitas! Boas experiências de regulação, não me

lembro de nenhuma!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, por que é que encerram estações dos

CTT? Não nos digam que encerram para racionalizar e melhorar os serviços. Essa é a conversa do costume:

encerram unidades de saúde para racionalizar; encerram escolas para racionalizar; extinguem-se freguesias

para racionalizar; manda-se os jovens emigrarem para racionalizar o País e a estatísticas do desemprego!

Para este Governo e para esta maioria, o País racionalizado é o País sem pessoas, um País onde não há

portugueses, não há cidadãos, há racionalização.

Aplausos do PCP.

Por que é que são destruídos postos de trabalho nos CTT? Porque interessa à privatização, interessa aos

grupos económicos que venham a ser beneficiários da privatização que os cidadãos não tenham acesso ao

serviço público de correios,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É limpinho, limpinho!

O Sr. António Filipe (PCP): — … que a correspondência registada fique numa tasca, dentro de uma caixa,

e as pessoas vão lá buscar, sem quaisquer garantias de confidencialidade ou de sigilo da correspondência.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

O Sr. António Filipe (PCP): — Isso não interessa ao Governo, não interessa à maioria!

Mas interessa-nos a nós, por muitas razões. Interessa-nos em nome do emprego, em nome dos

trabalhadores dos CTT, que merecem todo o nosso respeito, e em nome dos cidadãos, porque esses

trabalhadores não trabalham só para si e para as suas famílias, trabalham para o conjunto da sociedade, que

tem direito a um serviço público de correios prestado com condições de dignidade.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Muito bem!

O Sr. António Filipe (PCP): — Este serviço público tem tal relevância que ainda ontem, na reunião que

tivemos com o Sr. Ministro da Administração Interna, ficou claro que o próprio recenseamento eleitoral está

indexado ao código postal.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!

O Sr. António Filipe (PCP): — E nós ficamos muito preocupados por sabermos que esse código postal a

que está indexado o recenseamento eleitoral possa ficar ao sabor do estado de espírito ou dos humores de

um qualquer grupo económico privado que possa vir a explorar o serviço de correios.

Aplausos do PCP.

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