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I SÉRIE — NÚMERO 101

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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Os senhores mandam a polícia para cima dos piquetes de greve para garantir

que as coisas funcionam, apesar da luta dos trabalhadores. Mas, depois, quando as populações lutam, os

senhores mandam encerrar tudo e não querem saber daquilo que é necessário, até nos termos da lei, para o

correio registado e para as outras coisas e, sem qualquer pré-aviso, com uma ordem geral, fecham as portas!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Portanto, alguma coisa tem de ser dita sobre esta situação inaceitável que

aconteceu às ordens da administração da empresa.

Quando os senhores tentam convencer as pessoas de que o encerramento das estações de Correios não

tem nada a ver com a privatização da empresa, a pergunta que se impõe é só uma: quem é que os senhores

pensam que enganam? Os senhores pensam que alguém acredita nisto ou estão a tentar enganar-se a vós

próprios?!

Protestos do Deputado do CDS-PP Hélder Amaral.

Então, nós não sabemos que, desde que foi anunciada expressa e publicamente pelo Governo PS a

intenção de privatizar os Correios, o encerramento de estações acelerou e avançou de forma concreta?! O Sr.

Secretário de Estado anunciou aqui o número de encerramentos verificado nos últimos anos! Eles

aconteceram precisamente a partir do momento em que a privatização foi anunciada como intenção do

Governo!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não vale a pena dizer «agora, que a privatização está anunciada para este

ano, não vale a pena olhar para as centenas de estações cujo encerramento está anunciado»! Pois, claro, isto

já vem de trás, porque o plano de encerrar as estações vem de trás, tal como o plano de privatizar a empresa!

Estamos ou não a falar de uma operação de eliminação da rede própria das estações dos CTT e de

passagem a um somatório de centenas de outsourcings com pequenos negócios que podem encerrar no dia

seguinte, como já encerraram em alguns casos, Sr. Secretário de Estado?

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Nesses casos as populações ficaram sem alternativas, porque esses

pequenos negócios encerraram em agosto e as pessoas foram de férias, fecharam a porta da loja e foram à

vida delas! Isso aconteceu! Qual é a garantia dada às populações?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Claro!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — A questão que colocamos é a seguinte: então, qual é o número de estações

que o Governo considera adequado? Se estão a ser encerradas centenas de estações, então qual é o número

que os senhores acham que é bom? Então, para quê é que serve uma estação de Correios?! É para vender

CD, livros, bonés e isqueiros? Assim é que é uma estação rentável e sustentável? É assim que os senhores

veem o serviço público postal?

Protestos do Deputado do CDS-PP Hélder Amaral.

Aliás, em relação a estes negócios, que fique bem claro que o nosso problema não são só os pormenores!

É evidente que há circunstâncias ainda mais escandalosas, de autêntica vergonha, de escândalo nacional,

que envolvem este processo!

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