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20 DE JUNHO DE 2013

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A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Pretendo exatamente transmitir o impulso

para que as bancadas da maioria façam o favor de se inscrever para dizerem qualquer coisinha sobre

desemprego jovem, já que até agora as intervenções, especialmente a do PSD, nos deixaram estupefactos.

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Estupefactos perante um partido que, na campanha eleitoral, referia, na

página 40 do seu Programa, que 30 000 jovens à procura do primeiro emprego eram um escândalo com o qual

o partido que se candidatava a governar iria resolver. Dois anos passados, o que temos são 100 000 jovens à

procura do primeiro emprego!

Sobre isto, Sr.as

e Srs. Deputados, o que nos transmitiram os intervenientes neste debate por parte do

PSD, através do Sr. Deputado Carlos Gonçalves, foi a apologia da emigração, remetendo para a oposição

acusações. Sr. Deputado, devolvo-lhe todas as acusações. O senhor não tem o direito de dizer que para o

Bloco de Esquerda os trabalhadores e os portugueses emigrantes não são gente. Devolvo-lhe essa acusação!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — É o senhor que tem que responder por ela e não esta bancada, porque não

a aceitamos.

Tudo isso acontece porque o senhor não tem qualquer tipo de argumento, nem de proposta, para combater

o desemprego jovem.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Por outro lado, ouvimos também aqui leituras diversificadas sobre o que

representam as estatísticas e sobre como são feitas.

O que nós temos são 100 000 jovens à procura do primeiro emprego, contra os 30 000 que havia na altura

em que o PSD se candidatou. O que nós temos é uma taxa de 42,1% de jovens até aos 24 anos sem

emprego. O que nós temos é o País com a maior taxa de desemprego jovem, quando comparada com a zona

euro. E esses dados são das entidades oficiais e oficiosas e é com base neles que os senhores também

fazem, ou deveriam fazer, as vossas propostas.

O que nós temos, ainda, é um Governo que vem agora reestruturar o programa Impulso Jovem. Imagine-se

só: o tal Programa Imagine-se só: o tal Programa que era a grande bandeira do Ministro Miguel Relvas, o qual

aqui chegado, depois da vitória eleitoral, parecia que limpava tudo porque ele tinha na «cartola» uma forma de

resolver, num ápice, o problema do emprego jovem! Nada mais falso. Temos, agora, um Governo que nos diz

que este Programa vai atingir em 2014, imagine-se só, 120 000 jovens.

Ora, sabemos que para este ano estava anunciado que seriam 45 000 e o que temos na execução do

Programa são 7500 ofertas de emprego nesta área, já não falando no labirinto dos estágios e nos dados que a

cada momento o Sr. Ministro Álvaro Santos Pereira também, «qual coelho saído da cartola», baralha e dá de

novo.

Por isso, o que temos é um Governo incapaz de qualquer impulso em relação ao combate do flagelo do

desemprego, particularmente dos jovens, e o único impulso que os jovens esperam deste Governo é

exatamente que se demita, porque essa seria, sim, uma grande ajuda para o seu futuro.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — O que temos é um Governo que criou a primeira geração sem futuro e com

isso sequestrou o País.

O que temos é um Governo que pretende uma geração sem direitos, sem expetativas e sem sonhos. E

neste debate os senhores conseguiram não dizer absolutamente nada, não fazer qualquer proposta,

conseguiram vir aqui fazer um discurso lamentável sobre emigração e sobre as estatísticas, das quais não

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