O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 106

16

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Os resultados deste aumento do IVA na restauração são

desastrosos. E são desastrosos não só porque os portugueses têm hoje muito menos rendimentos

disponíveis, pois as políticas do Governo trataram de emagrecer substancialmente o rendimento disponível

das famílias — e, por essa via, as receitas do Estado em termos de IVA continuam a cair —, mas também

porque esta teimosia do Governo continua a empurrar cada vez mais empresas da restauração para a falência

e a destruir milhares e milhares de postos de trabalho, contribuindo, assim, para aumentar o desemprego, para

deixar cada vez mais pessoas sem trabalho.

Aquilo que o Governo conseguiu com o aumento da taxa do IVA de 13% para 23% foi aumentar as

falências e o desemprego no setor. Aquilo que o Governo conseguiu com o aumento da taxa do IVA na

restauração foi que os restaurantes passassem a expor, nas montras de vidro, a ementa com os pratos do dia.

E, por todo o lado, os «pratos do dia» são idênticos: «passa-se»; «encerrado»; «trespassa-se» ou «fechado».

São estes os «pratos do dia» de grande parte dos restaurantes do nosso País. Foi isto que o Governo

conseguiu com o aumento do IVA na restauração. Não sei se inspirado numa ideia iluminada do apagado

Ministro das Finanças, de procurar globalizar a alimentação dos portugueses, sendo o almoço «passa-se» e o

jantar «encerrado», ou se foi uma tentativa de generalizar a «marmita» da troica.

O que é verdade é que esta teimosia do Governo está a ter consequências desastrosas para a nossa

economia e para as receitas do Estado, já não falando para aqueles empresários que têm de fechar as portas,

porque não têm atividade, e do que isso representa em termos de desemprego.

Portanto, seria sensato que o Governo, agora, assumisse o erro, voltasse atrás e colocasse a taxa do IVA

na restauração nos 13%, porque isso seria, pelo menos, o sinal de alguma responsabilidade, que vai

escasseando pelo Governo.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno

Encarnação.

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Deixe-me dizer-lhe com sinceridade,

Sr. Deputado António José Seguro, que o País ganha mais consigo a apresentar aqui propostas do que a vê-lo

todos os dias a pedir eleições lá fora.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — E é com este sentido de responsabilidade e de seriedade por parte do

Partido Social Democrata que gostamos de discutir propostas concretas neste debate — e gostamos, porque

os portugueses precisam delas. Gostamos também de apresentar as nossas soluções e de dizer em que é

que divergimos e onde podemos convergir todos. É isto que o País espera de nós lá fora, estando em greve

geral ou a trabalhar.

No entanto, Sr. Deputado António José Seguro, algumas coisas ficaram ainda por dizer. O crescimento da

economia é importantíssimo, é fundamental, todos estamos de acordo. E estamos de acordo em arranjar

soluções para que ela cresça mais rapidamente e dê emprego a mais gente neste País.

Mas gostávamos também de saber, Sr. Deputado, o seguinte: o que fazer com as reformas deste País, das

quais poucas vezes o ouvimos falar? O que fazer com os cortes na despesa pública, quando o Sr. Deputado

diz, insistentemente, por um lado, que temos de parar com a austeridade, mas, por outro, que não podemos

suportar nem mais um cêntimo com aquilo que é despesa corrente do Estado? São estas coisas que, às

vezes, nos confundem e nos levam a questionar que Partido Socialista temos afinal pela frente.

O Sr. Deputado António José Seguro, às vezes, também utiliza aquele velho chavão de que «a receita

falhou», «esta receita falhou».

Mas, com todo o respeito que tenho por V. Ex.ª, pergunto-lhe: quem é que, de facto, prescreveu esta

receita, em 2011? Não foi esta bancada, nem foi a bancada do CDS. Foi o Partido Socialista que a

prescreveu…

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 106 2 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Srs. Dep
Pág.Página 2
Página 0003:
28 DE JUNHO DE 2013 3 A segunda grande questão a que as propostas do PS pretendem d
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 106 4 Propomos, uma vez mais, neste Parlamento, que
Pág.Página 4
Página 0005:
28 DE JUNHO DE 2013 5 O Sr. Deputado António José Seguro apresentou aqui um conjunt
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 106 6 O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Sr. Presid
Pág.Página 6
Página 0007:
28 DE JUNHO DE 2013 7 O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Resta saber se V. Ex.ª co
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 106 8 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presiden
Pág.Página 8
Página 0009:
28 DE JUNHO DE 2013 9 Sr. Deputado, temos dito, desde há dois anos, que a política
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 106 10 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Chegam lá e
Pág.Página 10
Página 0011:
28 DE JUNHO DE 2013 11 Quanto à questão do realismo, Sr. Deputado João Pinho de Alm
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 106 12 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Lembro
Pág.Página 12
Página 0013:
28 DE JUNHO DE 2013 13 A greve foi massiva nos hospitais, desde Bragança ao Montijo
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 106 14 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para um
Pág.Página 14
Página 0015:
28 DE JUNHO DE 2013 15 transportes em rede e de logística associados ao serviço da
Pág.Página 15
Página 0017:
28 DE JUNHO DE 2013 17 Protestos do Deputado do PS Paulo Campos. … e
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 106 18 O Sr. Bruno Dias (PCP): — … há também
Pág.Página 18
Página 0019:
28 DE JUNHO DE 2013 19 opção particularmente relevante para as micro, pequenas e mé
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 106 20 trabalhar para não prejudicar a bondade desta
Pág.Página 20
Página 0021:
28 DE JUNHO DE 2013 21 nossa rede de embaixadas no que se refere à forma como olháv
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 106 22 O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Sr. Presidente
Pág.Página 22
Página 0023:
28 DE JUNHO DE 2013 23 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma interv
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 106 24 Finalmente, last but not least, em relação ao
Pág.Página 24
Página 0025:
28 DE JUNHO DE 2013 25 O Sr. Duarte Cordeiro (PS): — Sr.ª Presidente, caras e caros
Pág.Página 25