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I SÉRIE — NÚMERO 108

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O Sr. Couto dos Santos (PSD): — E foi neste quadro que o atual Governo entrou em funções com uma

coligação que lhe permitia garantir a estabilidade governativa e com uma matriz de exigência que era do

conhecimento de todos os atores.

Curiosamente, o rigor das medidas inscritas no Programa de Assistência eram conhecidas em pormenor

por todos os partidos políticos com assento parlamentar e foram assinadas e subscritas por mais de 80% da

representação desta Câmara.

Aplausos do PSD.

Porém, à medida que iam sendo aplicadas, o Governo sentia que, na oposição, ia diminuindo a vontade ou

a identificação com os compromissos assumidos.

Às vezes, para um desconhecedor da realidade portuguesa até parecia que foi o PSD que assinou o

contrato de assistência financeira.

Protestos do PS.

E porquê? Porque queremos respeitar os compromissos do Estado português para garantir a credibilidade

e a sustentabilidade do País. Sem isso, as nossas empresas não conseguiriam financiar-se e exportar para os

mercados externos. Sem isso, não haveria investimento e criação de emprego. Sem isso, as taxas de juro no

mercado primário e secundário subiriam…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Estão sempre a subir!

O Sr. Couto dos Santos (PSD): — … e ficaríamos bloqueados no acesso ao financiamento nos mercados

financeiros e não teríamos os meios necessários para manter o Estado social por que todos nesta Câmara

pugnamos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Qual Estado social?

O Sr. Couto dos Santos (PSD): — Sem isso, a crise económica e financeira poderá ser muito séria,

podendo ser pior que um segundo resgate, e dessa forma perdendo a nossa soberania, arrastando os

portugueses para uma situação social insustentável.

Aplausos do PSD.

Por isso, não compreendo a política do Partido Socialista até hoje.

Risos do PS.

Propôs e aceitou as medidas do Memorando, assumindo-o em nome de Portugal. Mas, logo após as

eleições, passou a desenvolver todos os esforços de branqueamento político das suas responsabilidades. E

como a memória política é curta, até parece que o Governo, ao cumprir os acordos, é que é responsável pelas

medidas constantes do Memorando.

A política não pode viver de hipocrisias nem de populismos eleitorais.

O PS sabe que, de acordo com o que assinou, o caminho possível é o que o Governo tem seguido. O PS

sabe, porque assinou, que o Memorando impunha sacrifícios e austeridade. Dizem haver outro caminho, mas

ficam-se pelas generalidades. Nunca foram capazes de explicar que caminho seguiriam.

Protestos do PS.

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