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I SÉRIE — NÚMERO 112

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dos seus trabalhadores e do reforço da capacidade de os serviços se adequarem a novas exigências

funcionais e financeiras.

O Governo tem consciência de que estas mudanças são difíceis de aceitar e que incorporam alguns

sacrifícios adicionais.

Porém, adiar a mudança, não atuar, recuar, como já aconteceu no passado, não são soluções.

A mudança das nossas instituições públicas é uma necessidade. O País não nos perdoaria se adiássemos

por mais tempo estas reformas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Inscreveram-se, para fazer perguntas ao Sr. Secretário de Estado da Administração

Pública, os Srs. Deputados Isabel Santos, do PS, Mariana Aiveca, do Bloco de Esquerda, e Jorge Machado,

do PCP.

A Mesa foi informada que o Sr. Secretário de Estado pretende responder conjuntamente aos três pedidos

de esclarecimento.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Santos.

A Sr.ª Isabel Santos (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Secretário de Estado da Administração Pública, neste

momento, há várias perguntas que se impõe colocar aqui.

Acompanhei com particular atenção a leitura, em ritmo acelerado, da resenha feita aqui pelo Sr. Secretário

de Estado falando das medidas já aplicadas e daquelas que estão em discussão e, de facto, importa aqui

aclarar alguns pontos.

O primeiro tem a ver com a propalada reforma do Estado, a reforma da Administração Pública de que tanto

fala o Sr. Secretário de Estado.

Mas como é possível, ao fim de dois anos de mandato deste Governo, estarmos a falar sobre esta matéria

e o Sr. Secretário de Estado trazer aqui a debate dois diplomas fundamentais na reforma da Administração

Pública ainda antes de ser conhecido o guia da reforma do Estado,…

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Bem perguntado!

A Sr.ª Isabel Santos (PS): — … que nos parece ser uma peça absolutamente fundamental na reforma da

Administração Pública?!

Aplausos do PS.

Não se pode pensar uma reforma da Administração Pública coerente, gradual e profunda, como aqui a quis

qualificar, sem termos o guia da reforma do Estado e sem o enquadrarmos nesta reforma.

A segunda questão que quero colocar prende-se exatamente com a interpelação que fiz hoje, aqui, à Sr.ª

Presidente, quando lhe perguntei se existem ou não textos de substituição dos textos iniciais destas duas

propostas de lei. Isto porque entretanto, depois de estas duas propostas terem dado entrada no Parlamento,

foram estabelecidos acordos com sindicatos, nomeadamente com os sindicatos dos professores, que

introduzem alterações a estas propostas.

Por isso, o que é importante hoje saber é o que estamos a discutir em concreto. Não há condições para

fazer um debate sério, sustentado e coerente sem este tipo de informação.

Entretanto, temos que saber por que razão estamos, hoje, a legislar uma vez que, dentro de quatro meses,

vai entrar em vigor, prevê-se por aquilo que é anunciado pelo Governo, uma lei geral do trabalho em funções

públicas que vai englobar estas matérias. E neste momento essa lei, com estas matérias englobadas, está

ainda a ser discutida com os sindicatos.

Então, o que é que estamos aqui a fazer? Estamos aqui a legislar ou estamos, pura e simplesmente, a

insuflar um balão de ensaio para um teste constitucional deste Governo face a estas medidas?

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Bem perguntado!

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