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I SÉRIE — NÚMERO 115

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O Sr. Luís Menezes (PSD): — Por favor, entendam-se!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Mas aquilo que eu não aceito, enquanto Deputado do PSD, é dizer que o

maior partido que ganhou as eleições é agora o segundo partido do Governo.

Sabe, Sr. Deputado, mais uma vez, essas contas baratas não interessam nada aos portugueses. Aquilo

que os portugueses querem do PSD e do CDS, mas do PSD enquanto partido mais votado é que saiba

assumir as suas responsabilidades…

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — … e que não esteja com contabilidade de ministro para aqui ou de ministro

para ali para saber qual é que deve ser a dimensão de um governo em termos de ministros.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Isso é politiquice «à Partido Socialista»!

Termino, Sr.ª Presidente, dizendo que esta intervenção foi uma manobra de puro taticismo político.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas curtinha!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — É o regresso do PS que esteve durante seis dias a negociar com a maioria

e é o regresso do PS antes dessa negociação, é o regresso do PS do tacticismo político.

Aquilo que este Governo, agora remodelado, tem é um mandato ainda com mais responsabilidade. É

pedido ao PSD e ao CDS uma coesão sem limites, é pedido ao PSD, ao CDS e ao Governo uma governação

e um entendimento na maioria que não pode ser suscetível de erros e esse mandato que nos foi conferido,

com esta remodelação aceite pelo Sr. Presidente da República, é uma enorme responsabilidade que recai

sobre os partidos desta maioria — não temos vergonha nenhuma de o dizer.

É pena ver que o Partido Socialista que esteve à mesa das negociações já lá vai. Voltou o Partido

Socialista do taticismo e da politiquice. Sinceramente, achamos que o País não precisa.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Cecília Honório, estou de acordo com o

ponto da sua intervenção em que põe em crise a legitimidade, a credibilidade e a confiança deste Governo.

Não é nada mais do que aquilo que foi dito pelo responsável político maior do Governo, Dr. Vítor Gaspar,

quando apresentou a sua demissão e invocou os restantes membros do Governo para essa responsabilidade

que não tiveram.

É também verdade que nós tivemos em diálogo com o PSD e o CDS, estivemos em cadeiras distintas…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas a mesa era a mesma!

O Sr. Alberto Martins (PS): — … e havia algumas cadeiras vazias que podiam ter sido ocupadas por

alguns partidos que fazem parte da representação parlamentar, e gostaríamos que tivessem estado.

Mas estivemos nesse diálogo com as nossas propostas, que eram verdadeiramente um novo rumo para

Portugal de crescimento e de emprego e de recusa da ditadura da austeridade que está a causticar o povo

português.

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