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25 DE JULHO DE 2013

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Sr. Deputado Miguel Frasquilho — e vou concluir, Sr.ª Presidente —, é imprescindível percebermos se a

perspetiva de redução da despesa do PSD é exclusivamente à custa da vida dos portugueses, à custa de

quem trabalha, ou se, afinal de contas, os senhores vão travar essa perspetiva que não tem sido de redução

da despesa, pelo contrário, tem sido de aumento da despesa, para satisfazer os interesses dos grupos

económicos, em particular da banca.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Os Srs. Deputados que colocaram perguntas fizeram-no durante mais tempo do que

o regulamentar, por distração e não por generosidade da Mesa, pelo que pedia aos próximos oradores que se

contivessem no tempo.

Sr. Deputado Miguel Frasquilho, tem a palavra para responder.

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Sr.ª Presidente, agradeço aos Srs. Deputados João Galamba e João

Oliveira.

Deixem-me dizer que, nas intervenções dos Srs. Deputados, tivemos um excelente exemplo da tradicional

postura e dos jogos palacianos políticos de que os portugueses estão absolutamente fartos.

Os senhores acabaram de dizer que estão em desacordo apenas porque são da oposição. São incapazes

de apoiar o que quer que seja que tenha sido dito a bem do País. Penso que era difícil não concordar com a

maior parte do que eu disse da tribuna mesmo para os partidos da oposição, mas o que vejo da vossa parte é

a postura tradicional.

Tenho pena, porque como, há pouco, referi da tribuna, a situação que atravessamos é excecional, já o é

desde há uma série de anos, não é desde que assinámos o Memorando com a troica, e vai continuar a sê-lo

no pós-troica, pelo que esperava uma atenção acrescida a este pormenor, que não tive nem da parte do PCP

nem da parte do PS, apesar de, em relação ao PS, esperar essa atenção acrescida, uma vez que esteve

envolvido nas negociações que decorreram na semana passada. Lamento que assim seja por Portugal e pelos

portugueses!

Sr. Deputado João Galamba, falei, de facto, na composição diferente da austeridade, falei em trajetória de

desendividamento público mais alongada no tempo e o Sr. Deputado parece ter esquecido que o atual

Governo já tentou, em termos do objetivo do défice para 2014, não ter 4% mas 4,5%, e veremos onde é que

vai ficar.

Portanto, Sr. Deputado, não tente arranjar contradições entre a maioria e entre esta bancada e o Governo,

porque elas não existem.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do Deputado do PS António Braga.

Sr. Deputado, espere e aguarde e verá.

Também falei, da tribuna, do passado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Basta falar deste Governo! Por que é que está a falar do passado?!

O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Todos temos de aprender com o passado e os Srs. Deputados do

Partido Socialista têm um excelente exemplo no vosso próprio partido de como é possível reconhecer o que se

fez menos bem no passado e as suas responsabilidades. Falo do Eng.º António Guterres que foi Primeiro-

Ministro de 1995 a 2002 e que reconheceu, há pouco tempo, as suas responsabilidades na situação a que o

País chegou.

O que é que vejo da bancada do Partido Socialista? O que é que vejo em relação ao que se passou nos

seis anos anteriores a esta governação? Alguma vez os senhores assumiram as vossas responsabilidades?

Srs. Deputados, acabei de dizer que, durante estes dois anos, nem tudo correu bem.

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