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I SÉRIE — NÚMERO 4

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Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Carlos Zorrinho, queria começar por

felicitá-lo e repetir as minhas felicitações ao Partido Socialista, que ganhou as eleições autárquicas, que

ganhou mais câmaras.

Mas o que eu não esperava de V. Ex.ª era que fizesse um exercício de desvalorização dos candidatos do

Partido Socialista, de tantos e tantos candidatos do Partido Socialista, que fizeram um excelente trabalho, e

que tenha vindo aqui dizer que, afinal de contas, estas não são eleições locais, têm de se fazer leituras

nacionais e os nossos belíssimos candidatos nada fizeram.

Pois, Sr. Deputado, o Partido Socialista teve, de facto, alguns bons candidatos e muitas das vitórias estão

no mérito desses candidatos, mas não confunda eleições locais com eleições nacionais.

Além de mais que sinal é esse que consegue ver quando o Partido Socialista tem muito menos votos?!

Quando o Partido Socialista tem menos 273 000 votos?! Que sinal é esse que consegue ver?! Que critério é

esse que, afinal de contas, a dois anos das eleições já se podem fazer leituras nacionais, mas quando há

eleições em que VV. Ex.as

perdem logo a seguir, 15 dias depois de outras, essas já não servem para fazermos

leituras nacionais?!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Exatamente! A 15 dias!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Bom, o povo diz que o maior cego é aquele que não quer ver»!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Não percebe a diferença? É preciso fazer um boneco?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Mas eu gostava de lhe fazer uma pergunta, Sr. Deputado, porque, de

facto, estamos num momento em que cada um tem de mostrar o que vale.

Dizia, e muito bem, o ex-Primeiro-Ministro José Sócrates que cada um pedala a sua bicicleta e, depois,

tiramos as nossas conclusões.

Quanto aos sinais positivos da nossa economia, já aqui foram avançados alguns dados, mas há mais. Por

exemplo, no turismo estamos ou não a ter, em alguns setores, um dos melhores anos de sempre? Por

exemplo, na venda de automóveis? Por exemplo, nas exportações?

E quando Portugal, os portugueses e as empresas fazem esforço para vencer as dificuldades, o que faz o

líder do maior partido da oposição? Para além de cantar, dançar e chorar, vem dizer: «Quando eu for governo,

revogo a reforma administrativa, bem como o que se fez na agregação de freguesias». É este o sinal de

responsabilidade que quer dar ao eleitorado? Ou é um sinal de que, porventura, continuaremos esse debate,

aprofundaremos esse debate, iremos um pouco mais longe, respondendo aos votos nulos, aos votos brancos

e, talvez, à abstenção?

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É esse o sinal de responsabilidade que dá? Quando o País precisa de

ajuda no plano europeu, como VV. Ex.as

tantas vezes pediram, mas também de compromissos e de consensos

internos, o que diz o Secretário-Geral do maior partido da oposição? «Vou de férias, e já não estou para

ninguém! Portanto, comigo não falam!» É este o sinal de responsabilidade?!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — É esse o Partido Socialista em que os portugueses confiaram?! É esse

o sinal que conseguiu perceber das eleições autárquicas?!

Sr. Deputado, permita-me dizer-lhe que, se for esse o sinal que descobriu, então, o Partido Socialista não

conseguiu perceber nada, rigorosamente nada, destas eleições autárquicas.

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