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3 DE OUTUBRO DE 2013

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Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — E não vou dar-lhe aqui exemplos do que podiam ter ganho e não

ganharam e do que perderam e perderam muito bem. Não é essa a questão.

A questão é perceber de que lado está o Partido Socialista. Está ou não está ao lado dos portugueses?

Está ou não está ao lado da responsabilidade? Está ou não está interessado em resolver os problemas

estruturais do País? Ou está a fazer uma política de demagogia e de promessa fácil, pensando apenas e só

nas próximas eleições, como, aliás, fizeram no passado?

Nós não nos esquecemos que, em cenário de crise, os senhores aumentaram os funcionários públicos em

período eleitoral para depois congelar esse aumento e, em cenário de eleições, deram sinais de não ser

responsáveis ao ponto de não terem estado ao lado daqueles que agora dizem querer estar, ou seja, dos mais

desfavorecidos.

Pois bem, quem aumentou as reformas das pensões mínimas rurais foi este Governo, não foi o Governo de

V. Exa.ª!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Quem tem agora uma proposta séria de reforma do IRC que pode

tornar, em definitivo, o País mais competitivo em matéria de IRC é este Governo.

Na verdade, estamos à espera de saber ao que vem o Partido Socialista: se se encaixa nessa recusa de

diálogo e de compromisso ou se se encaixa numa outra forma de responsabilidade na governação, ou seja, se

está disponível e pronto para o fazer, mas isso não se encontra em sinal nenhum nem mesmo nas eleições

autárquicas, Sr. Deputado.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Zorrinho.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, queria também agradecer o

reconhecimento que fez da vitória do Partido Socialista, saudar a sua eleição como vereador na Câmara

Municipal de Viseu e também dizer que compreendo bem a dificuldade que tem de procurar com palavras

esconder os factos, ou seja, procurar com a multiplicidade das palavras esconder a estrondosa derrota que a

maioria de Governo teve nestas eleições.

Queria ainda dizer-lhe que o Partido Socialista teve excelentes candidatos. Cento e cinquenta excelentes

candidatos que ganharam as autarquias e muitos outros excelentes candidatos que não conseguiram ganhar,

mas que fizeram excelentes campanhas.

Sr. Deputado, 73%, ou seja, metade das câmaras municipais que o Partido Socialista ganhou, ganhou-as

com mais de 60% dos votos.

Sr. Deputado, o PS ganhou Lisboa com a maior maioria absoluta de sempre; o PS ganhou Lisboa, Gaia e

Sintra, que são os três maiores concelhos, em termos de população, deste País.

Sr. Deputado, os factos são tão evidentes que não vou gastar mais tempo a demonstrar-lhe que a nossa

vitória, como eu disse da tribuna, foi histórica.

Queria fazer-lhe uma pergunta: o vosso partido é o CDS-PP, mas a ideia que dá é a de que um deles está

no Governo e o outro está fora do Governo. Qual é a parte que está no Governo e qual é a parte que está fora

do Governo? Pergunto isto, porque, de facto, na leitura dos resultados eleitorais, o CDS parece que não faz

parte do Governo, mas faz parte dessa coligação.

Na verdade, saúdo os candidatos do CDS que ganharam as eleições e desejo que, nas cinco câmaras que

ganharam, façam o melhor trabalho que for possível, mas não posso, infelizmente, saudar o partido, nem

posso considerar o CDS-PP um ganhador destas eleições, porque só o poderia fazer se o CDS-PP tivesse

retirado as devidas conclusões. E retirar as conclusões era perceber que a escolha dos portugueses é uma

escolha de outras políticas e de outros caminhos.

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