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I SÉRIE — NÚMERO 7

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Mas não se esqueça, Sr. Deputado Miguel Tiago, que essas obras, vindas desses países e de alguns

desses realizadores, só existiam porque esses realizadores e esses artistas eram coniventes com um regime

que oprimia quem tivesse liberdade de pensamento, de expressão e de execução.

Aplausos do CDS-PP.

Protestos do PCP e do BE.

Na União Soviética, na Polónia, na Bulgária, na Lituânia, na Letónia, na Estónia, na Checoslováquia, na

Alemanha de Leste, só era possível fazer cinema quem tivesse o beneplácito do seu regime e, portanto, quem

fosse conivente com os prisioneiros políticos, com a falta de liberdade de imprensa.

Protestos do PCP.

Se é isso que o Sr. Deputado pretende, bom, francamente, prefiro uma política de cinema que permita

espaço para todos.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Tenha juízo!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Que triste figura!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — É isto que estamos a tentar garantir que exista pela via do

cumprimento da lei do cinema e, portanto, das fontes de financiamento que, de alguma maneira, são públicas

para a criação. Por outro lado, estamos a tentar garantir que a Cinemateca, principalmente na sua

componente de arquivo e de preservação, possa continuar aberta, o que julgo ser de todo o nosso interesse.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Mas qual é a resposta?!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr.ª Deputada Inês de Medeiros, pediu a palavra para se inscrever

para uma intervenção?

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Sim, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Sr.ª Presidente, inscrevo-me, porque devo dizer que fico um bocado

perturbada com a aceitação dos partidos da maioria sobre o provisório que paira sobre a Cinemateca.

Ou seja, o que o Sr. Secretário de Estado veio dizer hoje foi que, provisoriamente, vai manter-se a

repristinação da Cinemateca como instituto público durante o final de 2013 e 2014. Para lá de 2014, não

sabemos o que vai ser.

Da mesma forma, estranho muito que a maioria concorde com este sistema de financiamento em que o

próprio Estado reconhece que a Cinemateca tem um financiamento insuficiente e prefere financiar às

«mijinhas», se me permitem a expressão, aos bocadinhos — «olhe, tome lá um bocadinho, mais 400 000»,

«tome lá mais um bocadinho, 300 000» —, como se qualquer instituição da dimensão da Cinemateca pudesse

funcionar nestes moldes!

Protestos do CDS-PP.

Sr.ª Deputada Conceição Pereira, a Cinemateca não pode funcionar com pequenas esmolas do Sr.

Secretário de Estado!

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