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I SÉRIE — NÚMERO 12

12

… na coesão social, na estruturação das identidades individuais e coletivas e na promoção de uma vida

com dignidade e com direitos — e isso os senhores também não dizem — para que as pessoas possam ter

condições de escolher a família ou as famílias que querem e desejam ter.

Ao longo dos últimos dois anos, o Governo não foi capaz de implementar uma agenda que reforçasse o

emprego e a coesão social; antes pelo contrário, destruiu o que existia.

Agora, apelam. Apelam a quê? Apelam, e conseguem-no, a que as pessoas estejam todas num clima de

desânimo, de descrença, de desesperança. Foi isso que os senhores conseguiram fazer!

As pessoas e as respetivas famílias encontram-se, hoje, numa situação verdadeiramente desesperante.

Quase um milhão de desempregados, grande parte deles sem qualquer tipo de apoio social. E sabem

porquê? Porque o rendimento social de inserção e o subsídio de desemprego sofreram cortes brutais.

Os jovens estão em fuga esmagadora. Deixam as famílias despedaçadas e partem de coração partido,

porque queriam ficar neste País que os viu nascer e que muito amam.

Aplausos do PS.

Queriam viver no País onde se qualificaram, onde têm amigos, redes de sociabilidade e, inclusivamente,

muitos com famílias constituídas que têm que deixar.

As reformas de centenas de milhares de aposentados estão a ser injustamente reduzidas, de uma forma

brutal e estão a ser cortadas as pensões de velhice e de sobrevivência, retirando dignidade — isso, sim,

retirando dignidade — à vida das famílias. E elas resistem! Muito embora lhes esteja a ser retirada a

dignidade, ainda assim, querem lutar por essa dignidade que lhe estão a roubar e reforçá-la.

Era aqui que ainda residia alguma esperança: no apoio que os avós podiam dar aos seus netos, quando os

respetivos pais já não o conseguiam fazer, na compra de manuais escolares, de livros e de cadernos que lhes

garantiam ainda o acesso a uma educação cada vez mais cara. E agora?! Até isso está a ser retirado às

famílias.

É este o balanço de uma governação falhada que reduziu as pessoas e as famílias a uma folha Excel e que

tem conduzido à degradação social e à destruição do contrato social.

Milhares de professores e de funcionários públicos, que são mães e pais, estão a ser despedidos e outros

estão já no desemprego.

Os salários baixam e as horas de trabalho aumentam, engavetando-se também deste modo a conciliação

entre a vida familiar e a vida profissional, que tanto equilíbrio dava às famílias e que tanto apoio dava às

crianças e aos idosos.

Aplausos do PS.

As propinas também estão a aumentar, o que está a levar os nossos jovens a desistir de estudar.

As taxas moderadoras aumentam, o que faz com que as famílias deixem de ir às consultas de que

necessitam.

A esperança de vida vai, seguramente, diminuir e os níveis de qualificação vão descer.

É isto que estão a fazer às famílias e às pessoas que as integram! Estão a destruir a coesão social, a

fragilizar o exercício da cidadania ativa, numa atitude de verdadeira insensibilidade social para com as

dinâmicas sociais construtoras de identidades individuais e coletivas.

É este o País que os senhores querem construir nos escombros do País que estão a destruir!

Aplausos do PS.

Sr.as

e Srs. Deputados, o que penaliza a natalidade e as famílias é isto: falta de emprego.

Agora querem: aliviar a carga fiscal às famílias numerosas; reduzir a taxa do imposto sobre veículos às

famílias numerosas; reduzir a taxa do IMI em função do número de dependentes.

Então, se querem isso por que é que têm maltratado as famílias e as pessoas que as compõem? Por que é

que apresentam um Orçamento absolutamente insensível a estas preocupações, que instala o desespero nas

famílias?

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