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I SÉRIE — NÚMERO 15

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Partilhamos das preocupações e dos objetivos no que respeita a termos uma linha ferroviária no Algarve ao

nível das necessidades da região, mas também é necessário dizer que seria de esperar um pouco mais de

cuidado na elaboração destes dois projetos de resolução, pois contêm informação que está desatualizada.

Lamento dizer-vos, mas não fizeram bem o vosso trabalho de casa: em 2012, o número de passageiros já não

é de 2 milhões, é de 1,6 milhões.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Pudera!

O Sr. Mendes Bota (PSD): — Por outro lado, os senhores dizem que nada foi feito. Isso demonstra que

desconhecem a realidade, pois não vão ao Algarve.

Se forem ver o troço entre Faro e Vila Real de Santo António, verificarão que está praticamente concluída a

sinalização automática, tal como foi concluída a sinalização automática entre Tunes e Lagos, tendo a maior

parte da linha sido renovada. Não foi feito carril duplo, é evidente, mas já lá iremos.

Portanto, os senhores não fizeram o vosso trabalho de casa e vieram aqui falar numa situação que já não é

exatamente igual àquela que relataram.

Dizem que nada mudou. A verdade é que a maior necessidade da Linha do Algarve não é a sua

duplicação. Do que precisamos é daquilo que é chamado o desvio ativo entre Faro e Olhão e que está previsto

para os Salgados. É isso que é necessário fazer! Quanto ao resto, a grande necessidade é a eletrificação,

preocupação da qual partilhamos.

Os senhores querem pôr o comboio a andar na Linha do Algarve, mas não se preocuparam em saber com

que tipo de combustível é que o comboio vai andar. E pergunto-vos: e o combustível financeiro? Os senhores

fizeram contas?

Protestos do PCP e do BE.

Sabem quanto é que é necessário? Não fizeram contas! É muito fácil dizerem que o comboio vai andar,

mas não sabem de onde é que vem o dinheiro para o fazer andar!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Já cá faltava essa!

O Sr. Mendes Bota (PSD): — Os senhores querem tudo: querem a duplicação da linha, querem a

eletrificação, querem a ligação à Andaluzia — isso são peanuts, isso custa uma bagatela…

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Diga lá quanto é que custa!

O Sr. Mendes Bota (PSD): — Portanto, querem fazer tudo, só não dizem de onde vem o dinheiro para

alimentar esse comboio e essa máquina.

Depois, na vossa preocupação, baseada numa fotografia que está desatualizada — já vos provei que está

—, não falam de coisas que são essenciais.

Protestos da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.

Vou dizer-vos o que é essencial no Algarve: ligar a via-férrea ao aeroporto; fazer um ramal desde o Marchil

até ao aeroporto; criar um comboio suburbano entre Olhão, Faro e o aeroporto e criar novos apeadeiros no

Fórum Algarve, no Montenegro e nas Gambelas. Mas sobre isso os senhores não falam!

Isso é que é essencial, porque beneficiaria a maior parte das pessoas que utilizam a via-férrea. E a

existência de comboios suburbanos com uma frequência, pelo menos, de meia em meia hora servia muito

bem a população do Algarve. Mas os senhores não falam nisso!

Como também não falam na preocupação financeira! Isso é evidente vindo de quem não se preocupou com

o facto de, em 10 anos, o défice de endividamento das empresas públicas ligadas aos transportes públicos

rodoviários e à infraestrutura ferroviária ter chegado a 16,7 mil milhões de euros de dívida à banca, com o aval

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