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I SÉRIE — NÚMERO 16

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Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — E é muito diferente, porque o Primeiro-Ministro não olha para esses

sinais em comparação com os sinais profundamente negativos do desempenho da nossa economia, do

desempenho do nosso emprego e do aumento brutal do desemprego.

Mais: o melhor critério para aferir esses sinais é o da sustentabilidade.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — A questão que se coloca é muito simples: esses sinais são

sustentáveis ou é «sol de pouca dura»?

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Já foi «sol de pouca dura»!

O Sr. António José Seguro (PS): — Infelizmente, volto a dizer, não são sustentáveis.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Isto é extraordinário!

O Sr. António José Seguro (PS): — E apresento-lhe factos, Sr. Primeiro-Ministro.

Números sobre a produção industrial, apresentados hoje: abrandamento significativo no 3.º trimestre,

comparado com o trimestre anterior.

Dados sobre a exportação: quebra em relação ao 2.º trimestre, havendo os primeiros sinais, as primeiras

estimativas relativas ao 3.º trimestre, no sentido de que terá havido uma quebra, passando de 6.3 para 2.3.

Por seu lado, as importações aumentaram, porque basta haver um pouco de animação do ponto de vista

económico para que haja, porque dependente, um aumento das importações. Basta, por exemplo, haver um

pouco de investimento, como o senhor sabe, para haver, de imediato, um aumento das importações.

Portanto, o problema que se coloca é o da sustentabilidade da trajetória que está a ser feita. Aliás, tive

oportunidade de lhe referir, por exemplo, em relação ao défice externo, que a Grécia atingiu um superavit no

défice externo e, no entanto, avolumou o nível e o montante das suas crises.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não é verdade!

O Sr. António José Seguro (PS): — Há ainda uma outra questão que o Primeiro-Ministro aqui referiu.

O Primeiro-Ministro acusou-me de repetir, neste debate, aquilo que aqui disse na semana passada. É

verdade. E podia até ter repetido o que eu disse há dois anos e o que eu sempre disse. Ao contrário do que

pode pensar, tomo isso por um elogio. Sabe porquê? Porque um grande político disse uma vez que, nesta

matéria, só conhece dois géneros de políticos: os que estão a sempre a repetir-se, porque são coerentes, e os

que estão sempre a dizer o contrário, porque prometem uma coisa e fazem outra completamente diferente.

Aplausos do PS.

E o senhor pertence a este segundo género de políticos!

Este plano de cortes que o senhor apresenta aqui — cortes nas pensões, cortes nos salários, cortes na

educação, cortes na saúde — resiste, infelizmente, a qualquer manobra de diversão que os senhores aqui

queiram lançar para discutirmos outras matérias.

Estamos a discutir aqui o Orçamento do Estado e é inaceitável que o Primeiro-Ministro diga que só eu é

que não vejo que o País está melhor!

Pergunte aos portugueses, aos que vão ficar sem as suas pensões, aos que ficaram sem as suas casas,

aos jovens que têm que emigrar, aos que sofrerão os cortes retroativos que o senhor fará!

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