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I SÉRIE — NÚMERO 16

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O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Nunca é demais sublinhar que estamos na reta final desta

exigente maratona e, como sabem, os últimos quilómetros tendem a ser os mais difíceis. Mas estamos cada

vez mais próximos do objetivo, que é a recuperação da nossa soberania financeira. É na meta que temos de

nos concentrar e é essa visão e essa confiança que pedimos aos portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Finalmente, começamos a ver os resultados dos sacrifícios realizados e das opções tomadas.

Agora, que estamos próximos de superar esta meta, seria irracional desistir. Esta é a altura de persistir,

não é a altura de recuar.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Neste caso, o ânimo e a esperança podem ajudar o País, e

esta não é uma frase bonita, motivacional, que retirámos de um livro de autoajuda e vimos, agora, aqui exibir,

é real.

A confiança dos portugueses no futuro do País tem efetivos efeitos práticos na recuperação económica. Se

aumentar a confiança, aumenta o consumo; se aumentar o consumo, a economia está a ser alimentada, as

empresas recuperam e surgem condições para a manutenção e criação de postos de trabalho.

O pessimismo, que quase parece uma nova ideologia político-partidária, pelo contrário, pode empurrar

Portugal, de novo, para um ciclo de contração económica. E nós perguntamos: quem é que pode querer isso?

Quem é que pode desejar que Portugal recue no processo de recuperação? Quem é que pode beneficiar com

o nosso insucesso e a permanência da troica em Portugal? Certamente, nenhum dos portugueses!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Assim sendo, não podemos compreender o porquê de alguns quererem fomentar o desespero das

pessoas, utilizar a dor e a incerteza como manobras de diversão. Não podemos compreender o porquê de pôr

em causa a estabilidade dos mais frágeis, com demagogias e acusações completamente ilógicas e, sobretudo,

irresponsáveis. Não compreendemos quem possa ganhar alguma coisa com isto. O efeito imediato nós

percebemo-lo: é o de criar mais um obstáculo à governação, afetar a credibilidade desta maioria e deste

Governo, mas, a médio prazo, ninguém sai beneficiado num país hipotecado, sem rumo, que continue com

problemas de estrutura graves e que, se não entrar na rota certa, estará novamente a caminho da implosão.

Confirmar esta ausência de visão é angustiante, mas é, acima de tudo, muito triste, porque não temos

dúvidas de que todo este esforço não foi em vão.

No momento em que está a ser apresentado e discutido o Orçamento do Estado para 2014, queremos

convocar todos a encará-lo como um importante e decisivo instrumento na abertura de um novo ciclo para

Portugal.

Sr.as

Deputadas, Srs. Deputados: O Governo de Portugal, nos últimos dois anos, levou a cabo uma das

tarefas mais árduas e exigentes da nossa história recente, mas chegou, finalmente, o ponto de viragem.

Portugal tem registado comportamentos indiscutivelmente positivos de vários indicadores de atividade e

índices da nossa economia. São os primeiros e sólidos sinais do rumo certo que este Governo tem trilhado.

Falamos do aumento das exportações, que atingiram os 23 800 milhões de euros no 1.º semestre do ano;

falamos de um saldo externo positivo que Portugal apresentou, pela primeira vez, em mais de duas décadas;

falamos do indicador para a economia portuguesa, da OCDE, que, pelo 14.º mês consecutivo, aponta no

sentido de uma melhoria da conjuntura económica portuguesa; falamos do desemprego, que continua a

apresentar números muito preocupantes, mas cuja taxa começa finalmente a recuar, como, de resto,

confirmam os dados de hoje do Eurostat; falamos dos indicadores de clima económico e de confiança dos

consumidores, que melhoram, mês após mês, atingindo níveis máximos desde, pelo menos, 2010; falamos da

nossa produção industrial, que, em maio, registou o maior aumento da União Europeia e, em agosto, voltou a

ter uma posição de destaque entre os países-membros.

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