O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2 DE NOVEMBRO DE 2013

33

É o que faremos, com sentido de tolerância e em diálogo com todos, sabendo ouvir e procurando

consensos, mas não prescindindo nunca nem da nossa legitimidade nem das nossas convicções, servindo

com humildade e lealdade os portugueses e com o objetivo maior de recuperar a nossa soberania.

Estou certo de que é o que faremos todos e cada um dos Deputados da maioria do CDS e do PSD, na

certeza de estarmos a lutar por aquilo que queremos para o nosso País e de que não podemos recuar, porque

não podemos deixar perder os esforços que pedimos a tantos e tantos portugueses.

É o que faremos, com a convicção de estar a servir Portugal e com a certeza de que chegaremos ao fim do

mandato com a consciência tranquila de termos feito o nosso melhor para resgatar Portugal da situação

dramática em que outros o mergulharam.

É o que continuaremos a fazer, deixando à História o julgamento da nossa ação, mas com a convicção

profunda de que a História e as novas gerações saberão distinguir entre quem pediu sacrifícios para recuperar

a soberania de Portugal e quem, lamentável e irresponsavelmente, conduziu Portugal à beira da bancarrota.

Este Orçamento do Estado é um passo muito importante para esse objetivo e é por isso que o voto

favorável que lhe daremos dentro de momentos é um exercício de convicção e de responsabilidade.

Acreditamos na capacidade do povo português de construir um Portugal mais democrático e mais

próspero. Como dizia Adelino Amaro da Costa, «apesar de tudo e contra muitos.»

Viva Portugal!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do PS.

Tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente da Assembleia da República, Sr. Primeiro-Ministro,

Sr.as

e Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: O Governo apresentou-se neste debate com um

único objetivo — o de não discutir o Orçamento do Estado. Percebe-se porquê. O Governo quer esconder dos

portugueses os cortes nas reformas e nas pensões de sobrevivência, os cortes nos salários dos trabalhadores

da função pública, os cortes nos rendimentos das famílias, os cortes na educação e os cortes no Serviço

Nacional de Saúde. Todos estes cortes somados à manutenção do maior aumento de impostos de que há

memória.

O Governo tenta fugir às suas responsabilidades, mas o País sabe que, com o Orçamento deste Governo,

mais 50 000 portugueses irão para o desemprego; dezenas de milhares de jovens e menos jovens sairão do

País; centenas de milhares de reformados sofrerão um corte de 10% nas suas pensões de reforma; e até as

pensões de sobrevivência a partir de 600 € não escapam à guilhotina deste Governo.

Aplausos do PS.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Governo reduz o rendimento dos portugueses, em particular o dos

funcionários públicos e das suas famílias. As famílias portuguesas pagam mais impostos e perdem qualidade

e até acesso a serviços públicos essenciais, tais como a escola pública, o Serviço Nacional de Saúde e a

justiça.

E estes são os cortes que se conhecem, porque há, ainda, cortes que o Governo esconde. O Governo

continua a esconder dos portugueses mais de 700 milhões de euros em cortes. Colocou-os no Orçamento,

mas não esclarece a sua origem e recusa-se a explicar onde vai efetuar esses cortes, num claro desrespeito

pelo Parlamento e pelos portugueses, lançando, assim, mais incerteza e insegurança sobre despedimentos na

função pública, mais cortes nas prestações sociais ou mais encerramento de serviços públicos.

E, ao contrário do que o Primeiro-Ministro aqui disse, estes cortes não são inevitáveis, não tinham de ser

assim! Só é assim por opção ideológica deste Governo, que transformou convictamente o Programa de

Ajustamento num programa de empobrecimento dos portugueses.

Aplausos do PS.

Páginas Relacionadas
Página 0003:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 3 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro,
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 17 4 O ajustamento das famílias e das empresas foi c
Pág.Página 4
Página 0005:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 5 Neste quadro reformista e responsável, apelo a todos, mas s
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 17 6 Queríamos uma verdadeira reforma do Estado. Nós
Pág.Página 6
Página 0007:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 7 democracia. Aquilo que lhes é pedido é que continuem nessa
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 17 8 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Se o
Pág.Página 8
Página 0009:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 9 O Sr. Ministro da Defesa Nacional: — … como é possível os p
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 17 10 dois anos de sofrimento, os resultados são nul
Pág.Página 10
Página 0011:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 11 aquilo que muitos julgavam, Portugal sairá da recessão eco
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 17 12 Mas devo dizer, Sr. Deputado, que não custa na
Pág.Página 12
Página 0013:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 13 pessoal, aquilo que se consome com manutenção e aquilo que
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 17 14 Mas de uma coisa tenha absoluta certeza: este
Pág.Página 14
Página 0015:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 15 resultante da guerra do Ultramar, uma guerra que eles não
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 17 16 vontade dos credores para alterar o que quer q
Pág.Página 16
Página 0017:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 17 corresponder a uma sustentabilidade das políticas públicas
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 17 18 No tempo de emergência financeira, económica e
Pág.Página 18
Página 0019:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 19 As escolhas desta governação foram as escolhas desta maior
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 17 20 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para ped
Pág.Página 20
Página 0021:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 21 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de termin
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 17 22 O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Ó Sr. Deputad
Pág.Página 22
Página 0023:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 23 dos respetivos Estados. É, por isso, confrangedor que da p
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 17 24 Saúde confunde-se, cada vez mais, com uma secr
Pág.Página 24
Página 0025:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 25 de um País que vai continuar «ligado à máquina» se continu
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 17 26 Portanto, o debate que teremos acerca disso, q
Pág.Página 26
Página 0027:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 27 O País vive, de facto, há três anos com uma economia de gu
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 17 28 O Sr. João Oliveira (PCP): — De ideias novas,
Pág.Página 28
Página 0029:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 29 Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 17 30 o número homólogo do Banco de Portugal indica,
Pág.Página 30
Página 0031:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 31 Mas querer confundir esse apoio e uma possível prudência c
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 17 32 Aplausos do CDS-PP e do PSD. Fic
Pág.Página 32
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 17 34 E foi esta opção pelo empobrecimento que levou
Pág.Página 34
Página 0035:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 35 Estas diferenças ideológicas traduzem-se em escolhas muito
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 17 36 Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Os caminhos d
Pág.Página 36
Página 0037:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 37 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Protesto
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 17 38 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … inovar, torna
Pág.Página 38
Página 0039:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 39 desempregados. Portugal está em quinto lugar na lista de p
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 17 40 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Afirmar
Pág.Página 40
Página 0041:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 41 Por isso, temos insistido nisto, porque isto implica compr
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 17 42 O Sr. Vice-Primeiro-Ministro (Paulo Portas): —
Pág.Página 42
Página 0043:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 43 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Dizia, S
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 17 44 O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — … não depender
Pág.Página 44
Página 0045:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 45 Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Há um outr
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 17 46 Quarto: as exportações portuguesas terão, em 2
Pág.Página 46
Página 0047:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 47 O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Diria que é natural e é le
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 17 48 A conjugação dos dois fatores que citei — ser
Pág.Página 48