O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 17

4

O ajustamento das famílias e das empresas foi consequência de trabalho árduo e de determinação.

E esse esforço criou emprego. E esse esforço tem vindo a alterar a estrutura da economia nacional com o

aumento consistente das exportações e com a procura de novos mercados. E esse esforço garantiu

crescimento económico no segundo trimestre acima dos níveis europeus e tudo indica que no terceiro

trimestre a tendência se mantém.

Se, por um lado é, em nosso entendimento, na sociedade que a economia deve acontecer, por outro lado,

como referiu ainda ontem o Primeiro-Ministro, não é a sociedade que se deve ajustar aos encargos com a

organização do Estado, mas é a organização do Estado que se deve adequar aos recursos gerados por toda a

sociedade.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Todos sabemos que um Estado com demasiados custos, se não tem outros recursos para financiamento

que não sejam os gerados pela economia real, só é financiável por impostos elevados, gerando um ciclo

vicioso de contrassensos decorrentes de uma fiscalidade inimiga da economia e da competitividade em

mercado aberto, e também gerando desalento motivado pela desproporção entre o esforço fiscal e a eficiência

na prestação de serviços.

É neste quadro de sustentabilidade racional, permanente, proporcional e responsável que a reforma do

Estado tem de se realizar e tem vindo a ser realizada enquanto processo sistémico e contínuo levado a cabo

por este Governo e por esta maioria.

Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as

e Srs. Membros do Governo, mas, sobretudo, Sr.as

Deputadas e

Srs. Deputados: Em pouco mais de dois anos, alterou-se a lei de estabilidade orçamental, criou-se um regime

de compromissos, modificaram-se as leis das finanças regionais e locais, foi revisto o quadro legal do setor

empresarial do Estado, central e local, e o estatuto do gestor público; renegociaram-se as PPP e estancaram-

se os derivados; o Estado racionalizou-se através do PREMAC; despartidarizou-se nas escolhas dos

dirigentes, inovando na sua forma de seleção, através da CRESAP e apostando em critérios de mérito e

eficiência; introduziram-se critérios de transparência e de restrição de práticas abusivas no mercado.

No setor da justiça, área crucial para a promoção do desenvolvimento humano, económico e social,

concretizou-se uma longa lista de reformas: a reforma do Processo Civil e da Ação Executiva, a lei da

arbitragem, a reforma do Código Penal e do Processo Penal, o Código das Insolvências e da recuperação de

empresas, a Lei de Organização do Sistema Judiciário e a reformulação do mapa judiciário, a reforma do

Código de Procedimento Administrativo em fase de debate público e a revisão do Código das Expropriações

são algumas das reformas efetuadas e desencadeadas nesta área.

Na política da saúde, Sr.as

Deputadas e Srs. Deputados, como bem sabem, as reformas já efetuadas e

desencadeadas com o propósito primordial de garantir a sustentabilidade e a eficiência do Serviço Nacional de

Saúde geram já resultados de contenção de despesa e de eficiência na prestação de serviços.

Na área da educação e da ciência, áreas absolutamente determinantes para uma política de

desenvolvimento cultural e social e de crescimento económico, a determinação reformista tem vindo a apostar

na promoção da qualidade, matizada por uma envolvência de liberdade, de informação, de exigência, de

avaliação, de trabalho e, acima de tudo, numa aposta clara e firme no conhecimento capaz de gerar igualdade

de oportunidades, que é a matriz da nossa sociedade e que queremos que permaneça como matriz crucial e,

ainda, de gerar desenvolvimento.

É sempre oportuno lembrar que este Governo introduziu o Inglês como disciplina obrigatória nos 2.º e 3.º

ciclos ao longo de cinco anos. É sempre bom apagar as falácias — o Inglês obrigatório é marca exclusiva

deste Governo.

Muitas outras reformas poderiam ser referenciadas, como são os casos da defesa nacional e da

administração interna. Mas são tantas e tão profundas que não haveria tempo nesta sessão para serem

referenciadas.

Mas as reformas efetuadas e aquelas a que nos propomos têm um horizonte para além da Legislatura e

devem resultar de um consenso alargado, como dependem das condições de sustentabilidade futura. São

uma responsabilidade coletiva que não admite deserções.

Páginas Relacionadas
Página 0003:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 3 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro,
Pág.Página 3
Página 0005:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 5 Neste quadro reformista e responsável, apelo a todos, mas s
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 17 6 Queríamos uma verdadeira reforma do Estado. Nós
Pág.Página 6
Página 0007:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 7 democracia. Aquilo que lhes é pedido é que continuem nessa
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 17 8 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Se o
Pág.Página 8
Página 0009:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 9 O Sr. Ministro da Defesa Nacional: — … como é possível os p
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 17 10 dois anos de sofrimento, os resultados são nul
Pág.Página 10
Página 0011:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 11 aquilo que muitos julgavam, Portugal sairá da recessão eco
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 17 12 Mas devo dizer, Sr. Deputado, que não custa na
Pág.Página 12
Página 0013:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 13 pessoal, aquilo que se consome com manutenção e aquilo que
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 17 14 Mas de uma coisa tenha absoluta certeza: este
Pág.Página 14
Página 0015:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 15 resultante da guerra do Ultramar, uma guerra que eles não
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 17 16 vontade dos credores para alterar o que quer q
Pág.Página 16
Página 0017:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 17 corresponder a uma sustentabilidade das políticas públicas
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 17 18 No tempo de emergência financeira, económica e
Pág.Página 18
Página 0019:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 19 As escolhas desta governação foram as escolhas desta maior
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 17 20 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para ped
Pág.Página 20
Página 0021:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 21 O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de termin
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 17 22 O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Ó Sr. Deputad
Pág.Página 22
Página 0023:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 23 dos respetivos Estados. É, por isso, confrangedor que da p
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 17 24 Saúde confunde-se, cada vez mais, com uma secr
Pág.Página 24
Página 0025:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 25 de um País que vai continuar «ligado à máquina» se continu
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 17 26 Portanto, o debate que teremos acerca disso, q
Pág.Página 26
Página 0027:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 27 O País vive, de facto, há três anos com uma economia de gu
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 17 28 O Sr. João Oliveira (PCP): — De ideias novas,
Pág.Página 28
Página 0029:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 29 Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 17 30 o número homólogo do Banco de Portugal indica,
Pág.Página 30
Página 0031:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 31 Mas querer confundir esse apoio e uma possível prudência c
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 17 32 Aplausos do CDS-PP e do PSD. Fic
Pág.Página 32
Página 0033:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 33 É o que faremos, com sentido de tolerância e em diálogo co
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 17 34 E foi esta opção pelo empobrecimento que levou
Pág.Página 34
Página 0035:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 35 Estas diferenças ideológicas traduzem-se em escolhas muito
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 17 36 Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Os caminhos d
Pág.Página 36
Página 0037:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 37 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Protesto
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 17 38 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … inovar, torna
Pág.Página 38
Página 0039:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 39 desempregados. Portugal está em quinto lugar na lista de p
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 17 40 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Afirmar
Pág.Página 40
Página 0041:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 41 Por isso, temos insistido nisto, porque isto implica compr
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 17 42 O Sr. Vice-Primeiro-Ministro (Paulo Portas): —
Pág.Página 42
Página 0043:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 43 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Dizia, S
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 17 44 O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — … não depender
Pág.Página 44
Página 0045:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 45 Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Há um outr
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 17 46 Quarto: as exportações portuguesas terão, em 2
Pág.Página 46
Página 0047:
2 DE NOVEMBRO DE 2013 47 O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Diria que é natural e é le
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 17 48 A conjugação dos dois fatores que citei — ser
Pág.Página 48