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I SÉRIE — NÚMERO 19

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pensionistas, os desempregados e os jovens deste País são atacados e veem as suas vidas destruídas por

este Governo!

Um Governo que chama ao desemprego «oportunidade», «requalificação» aos despedimentos, que já

despediu mais de 22 000 professores contratados não é um Governo que quer resolver o desemprego, mas

um Governo que aposta no desemprego e no seu agravamento.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Um Governo que só no último ano levou a que 130 000 portugueses tenham

sido obrigados a sair do seu País para fugir ao desemprego e à miséria não é um Governo que quer resolver

os problemas do País, é um Governo que afunda o País num caminho de destruição económica e social.

Por isso é que dizemos que as propostas que trazemos mostram que há alternativa. Há alternativa se

existir a vontade política daqueles que são os ricos e os privilegiados do nosso País. Este Governo, na sua

política, faz uma opção de classe, porque insiste em proteger os ricos e poderosos, para continuar a

empobrecer os mais fracos e os mais desfavorecidos.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Por isso, o que dizemos é que a proposta que trazemos é de justiça social: que

se alarguem as condições de acesso ao subsídio de desemprego quando temos um milhão e quatrocentos mil

trabalhadores em situação de desemprego e apenas um terço tem acesso a este apoio…

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Termino já, Sr.ª Presidente.

Não podemos esquecer que o subsídio de desemprego não é uma esmola deste Governo, mas, sim, um

direito dos trabalhadores, consagrado na Constituição, e é por isso que o defendemos aqui, com todas as

forças que temos e continuaremos a lutar.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Pelo Bloco de Esquerda, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

Deputadas, Srs. Deputados: Hoje vimos cair algumas

«lágrimas de crocodilo» nestes olhos da maioria, nomeadamente pela voz do PSD, a quem parece custar

tanto, segundo as palavras da Sr.ª Deputada Conceição Bessa Ruão: «Custa tanto fazer estes cortes, custa

tanto fazer estes sacrifícios»,…

A Sr.ª Conceição Bessa Ruão (PSD): — E é verdade!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Como é que os senhores podem ainda pensar que os portugueses e as

portuguesas acreditam na vossa hipocrisia?!

Porque a verdade é que este Orçamento do Estado, Sr.ª Deputada, assenta numa escolha simples, sem

dúvidas, que é esta: 82% dos cortes deste Orçamento do Estado são feitos nos salários, no rendimento de

trabalho, nas pensões, nas prestações sociais. Esta é a vossa escolha!

E não nos venham falar em cortes temporários, porque, na verdade, eles são permanentes. Este é o vosso

gosto e a vossa vontade — assim o tempo vos dirá se podem ser aquilo que desejam, mas não serão.

Porque este ataque sem precedentes ao salário, esta transferência sem limites dos rendimentos do

trabalho para o capital é a vossa vontade feroz, ignorando o presente, ignorando a realidade, ignorando os

mais profundos problemas sociais.

É por isso que o Bloco de Esquerda aqui traz a necessidade de repor o abono de família no registo anterior

aos últimos três anos.

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