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11 DE JANEIRO DE 2014

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Eusébio da Silva Ferreira era sempre ele próprio, seja onde fosse, com quem fosse, em que circunstância

fosse. Foi sempre um homem que contribuiu largamente para ações de solidariedade, aderindo

espontaneamente e, sobretudo, aderindo com gosto.

Por isso, na altura em que, como todo o País, com enorme consternação, recebemos a notícia do seu

desaparecimento físico — não, certamente, do legado e da lenda que deixa —, toda a comunidade política

soube, de uma forma sóbria e sem estridências, conceder a honra que todo este percurso de vida merece.

Talvez este percurso de vida enquanto atleta mas também enquanto homem tenha justificado que, ao

contrário do que muitas vezes acontece, Eusébio da Silva Ferreira tenha sido homenageado em vida,

sobretudo nos últimos tempos, homenageado muitas vezes, por muitas cidades, também pelo seu clube e um

pouco por todos nós, mesmo por aqueles que, como aqui foi dito, não partilhavam as suas preferências

futebolísticas.

O Sr. Deputado Luís Montenegro falava, há pouco, de um episódio em que se conta que, num momento de

grande alegria para Eusébio e para todos nós, a sua grande preocupação era ficar com a camisola do seu

ídolo, Alfredo Di Stefano, aquele que, no domingo passado, simplesmente disse que, para ele, Eusébio era o

melhor jogador de futebol de sempre, de todos os tempos.

Creio que, infelizmente, não poderemos dizer isso de muitos portugueses, o que dá uma dimensão não

apenas nacional mas, sim, verdadeiramente internacional àquele que foi dos mais internacionais de todos os

portugueses.

Por isso, em meu nome e em nome do Grupo Parlamentar do CDS, queria apresentar sentidas e profundas

condolências à família de Eusébio da Silva Ferreira, ao Sport Lisboa e Benfica e ao seu Presidente, à

Federação Portuguesa de Futebol e ao seu Presidente, na certeza de que esta é, com certeza, uma

homenagem sentida desta Assembleia, mas não é mais do que o reconhecimento de uma homenagem

nacional. E bem sabemos que isso, feliz ou infelizmente, é quase irrepetível.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Como já

foi dito, com o falecimento de Eusébio Portugal perdeu um símbolo maior do desporto nacional e um génio do

futebol que granjeou reconhecimento em todo o mundo.

A dimensão do seu reconhecimento refletiu-se não só nas homenagens que, entretanto, lhe foram sendo

prestadas pelos portugueses mas também nas homenagens prestadas a nível internacional, particularmente

por toda a Europa, inclusive com registos muito vivos de alguns dos seus adversários.

Eusébio ficará para sempre registado na memória coletiva dos portugueses como um futebolista genial,

não só ao serviço do seu clube mas também da Seleção Nacional. Muitos dos seus feitos já foram aqui hoje

recordados e comprovam isso mesmo.

Mas Eusébio ficará na memória coletiva dos portugueses também pelo seu perfil humano, pela sua atitude

modesta, por respeitar sempre o seu adversário, pelo seu trato afável e por ter chamado a si o melhor que há

no desporto, afastando-se de polémicas e de querelas estéreis que tantas vezes ocorrem no mundo do

desporto.

É a sua genialidade desportiva, mas também esse perfil humano, que o Grupo Parlamentar do PCP quer

deixar registado neste voto de pesar, endereçando à sua família, ao Sport Lisboa e Benfica, na pessoa do seu

Presidente, e à Federação Portuguesa de Futebol, igualmente na pessoa do seu Presidente, as mais sinceras

condolências.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe

Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados:

Falar de Eusébio é falar sobre um desportista único, detentor de uma força imensa e de um remate

supersónico, é falar dos seus golos de ângulos impossíveis. Sobre ele, dizia Alexandre O’Neill que era um

«genial trangalhadanças», porque trocava a volta aos adversários, e que era «simplesmente Eusébio», porque

não havia outro que se lhe pudesse comparar.

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