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25 DE JANEIRO DE 2014

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compromissos e a discriminação de certas áreas de investigação, como é o caso das Ciências Humanas e

Sociais, a quem não foi concedido o já reduzido financiamento dos 10% estipulados.

Enfim, numa palavra, uma trapalhada que está a levar muitos júris de concursos FCT a fazerem

declarações e a demitirem-se, considerando «estarem perante um ultraje que, a juntar à drástica redução das

bolsas, produz efeitos irreversíveis no desenvolvimento da ciência no nosso País».

Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Não podemos também esquecer que as bolsas de doutoramento e

de pós-doutoramento têm assegurado a renovação das gerações, tão necessária e fundamental à

investigação e à ciência.

O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Convicção!

A Sr.ª Elza Pais (PS): — Reduzir drasticamente estas bolsas significa, Sr. Deputado, destruir as condições

para essa renovação, para a mobilidade e para a estabilidade das instituições.

Por tudo isto, juntamos a nossa voz à de milhares de investigadores para dizer que o novo paradigma de

que falam não serve a ciência. É um paradigma falhado. É um programa ideológico radical de destruição de

tudo o que é público, que agora também chega à ciência. Um programa de empobrecimento, de redução da

investigação para um limitado número de áreas e de instituições que irão dela beneficiar, e o resto vão deixar

cair. Resta saber quem serão os eleitos desse vosso novo apoio.

A hierarquização das áreas de investigação e a valorização da investigação aplicada, em detrimento da

investigação fundamental, é um erro crasso, como muito bem sabe, Sr. Ministro. Ambas são necessárias para

um desenvolvimento equilibrado e sustentado do sistema científico e tecnológico.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Elza Pais (PS): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente.

O não desenvolvimento de uma leva ao empobrecimento da outra.

A base desse sistema tecnológico, que levou décadas a construir, está a ser destruída por esta vossa

obsessão ideológica.

Os cientistas pedem, de forma veemente, que parem e que invertam as medidas que estão a tomar!

Parem de destruir o que de bom se estava a fazer no nosso País!

Parem de destruir a ciência!

Parem de destruir Portugal!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Nilza de

Sena.

A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Ministros, Srs. Secretários de Estado, Sr.as

e Srs.

Deputados: Não há desinvestimento na ciência.

Vozes do PSD: — Muito bem!

Vozes do PS: — Não?!

A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — O Partido Socialista agendou um debate de atualidade sobre ciência, não

para falar verdade, não para discutir ciência, mas para tecer um cenário alarmista, como faz com os restantes

temas do País cujos prognósticos têm falhado em toda a linha.

Aplausos do PSD.

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