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28 DE FEVEREIRO DE 2014

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Foram os Srs. Deputados do PCP e do Bloco de Esquerda que se associaram à ala da direita do

Parlamento, ao PSD e ao CDS, para derrubarem um Governo de esquerda.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não, os senhores é que se associaram a eles nos três primeiros PEC!

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — Sei que agora estão arrependidos. Agora, o PCP está arrependido de ter

feito isso porque a solução é muito pior, como tínhamos avisado. É assim!…

Relativamente às políticas do Governo, o Sr. Deputado falou no empobrecimento. Já disse da tribuna, e

repito, que somos contra esta política de empobrecimento do País, de empobrecimento das populações, como

somos contra o encerramento do País.

Há pouco, eu podia ter mostrado ao Sr. Deputado Mendes Bota dois mapas — um deles evidencia a

situação do encerramento dos tribunais em todo o País; o outro evidencia o encerramento das repartições de

finanças em todo o País.

Esta maioria de direita quer encerrar o País, quer encerrar, nomeadamente, o interior do País. Estamos

contra essa política.

Naturalmente, estamos a favor de uma contenção e de uma gestão correta das contas públicas, sim, mas

não a favor de uma visão de empobrecimento, de uma visão de encerramento do País, de uma visão de

falências e falências, de desemprego e de emigração de milhares e milhares de portugueses, a maioria dos

quais jovens. Estamos perante esta situação quando o País e as famílias apostaram milhões e milhões de

euros ao longo destes anos na formação dos nossos jovens.

Os jovens que terminam o ensino superior não têm emprego devido às políticas da atual maioria e, por

isso, vão para países mais ricos que nós, que não gastaram um euro, um cêntimo sequer, na formação desses

jovens e vão ter essa energia, essa capacidade, essa inteligência para continuarem a progredir ainda mais do

que nós. É a esta situação que esta maioria de direita nos levou.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, já duplicou o tempo de que dispunha. Tem de concluir.

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — É uma maioria que não tem uma visão coesa para o País e que também

não tem uma visão coesa para a Europa.

Muito obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Telmo

Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Laranjeiro, em primeiro lugar,

quero tranquilizá-lo,…

O Sr. Marcos Perestrello (PS): — Não precisar dizer mais nada!…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … dizendo-lhe que acho que em nenhuma circunstância o senhor é

«juntável» às bancadas destes dois partidos. Não se preocupe!… Não vejo nenhuma possibilidade de alguma

vez o senhor se juntar a qualquer uma destas bancadas.

Em segundo lugar, se os senhores me quiserem ouvir com a mesma atenção com que ouvi o Sr. Deputado

Miguel Laranjeiro e com que acompanhei as vossas jornadas parlamentares, quero dizer-vos que é pena que

o Partido Socialista tenha tido nas suas jornadas, na sua reflexão, uma oportunidade, e o que é que saiu?

Saiu, de facto, uma interessante intervenção do Dr. Silva Lopes, mas, para além disso, radicalismo e

incapacidade de diálogo, ou seja, o contrário daquilo que o País precisava neste momento. É pena que assim

seja.

Aplausos do CDS-PP.

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