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I SÉRIE — NÚMERO 66

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O Sr. Laurentino Dias (PS): — … porque se trata de eventos à escala mundial,…

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Claro!

O Sr. Laurentino Dias (PS): — … que potenciam a imagem do País, que trazem receitas para o País, que

trazem valor acrescentado para o País, para a hotelaria, para o turismo, que é uma das molas principais da

economia portuguesa. E isto é capaz de ajudar a desfazer as dúvidas. As da maioria já desfez, pelos vistos —

ainda bem, parabéns, bem-vindos! —, as das bancadas à esquerda talvez não, mas vale a pena fazer esse

esforço.

Nós vivemos numa Europa que tem um sistema desportivo que conhecemos. Esse sistema desportivo tem

regras. E quando um país se candidata a organizar grandes eventos europeus e mundiais candidata-se

também a obedecer e a respeitar essas regras. Ora, é isso que se faz com esta proposta de lei.

A minha exortação — se me permitem fazê-la — é a de que ao voto favorável do PS de há 14 anos e de

hoje se juntem também os votos favoráveis do PSD e do CDS, que, apoiando o Governo, secundam a

proposta.

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Já mudaram!

O Sr. Laurentino Dias (PS): — Já agora, também gostaria que as bancadas à esquerda se juntassem,

numa decisão que traz benefício a todo o País, à economia nacional, ao prestígio e à vantagem económica de

Portugal.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.ª e Sr. Secretários de Estado, Sr.as

e Srs.

Deputados: Creio que o exemplo dado pelas bancadas da maioria, reportando-se ao Euro 2004, foi uma

entrada de pé esquerdo neste debate. É que, de facto, falar do Euro 2004 e das vantagens que terá tido para o

País é dar o exemplo de estádios que custaram milhões de investimento público e que agora estão às moscas,

é falar de um erro grosseiro que agora também pesa sobre as contas públicas.

Por isso, creio que devemos falar deste evento em concreto e não daquele que aconteceu no passado,

dando o exemplo do Euro 2004. São coisas bastante diferentes.

Mas devemos falar também daquela que é a realidade do sistema desportivo do futebol neste patamar

internacional. É que entendamo-nos: o que o próprio Governo nos diz na exposição de motivos desta proposta

de lei é que já foram assumidos os compromissos com a UEFA. Então, se já foram assumidos os

compromissos com a UEFA, o que é que esta proposta de lei está a fazer na Assembleia da República? É

uma ratificação — é a única coisa que se pode concluir. Na prática, a Federação falou com o Governo, o

Governo disse que sim à Federação, a Federação disse que sim à UEFA e, agora, tarde e a más horas, chega

aqui esta proposta de lei para a Assembleia da República se pronunciar sobre um facto consumado.

É disto que estamos a falar — diz-nos o Governo na exposição de motivos desta proposta de lei. Pois, o

problema é exatamente esse. O problema é que um negócio que mexe com milhões de euros é feito sob a

chantagem das isenções fiscais.

Nós não escondemos que a dimensão económica deste evento é relevante,…

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Ah!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — … não escondemos que tem um protagonismo mundial. Nós sabemos

isso. É por isso que, com seriedade, trazemos também esse patamar para o debate.

Mas se os Srs. Deputados quiserem fazer um debate sério e transparente sobre esta matéria, também não

podem esconder os negócios de milhões em que estão envolvidos exatamente aqueles a quem querem

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