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I SÉRIE — NÚMERO 67

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O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Este ajustamento externo, não tendo sido conseguido com a alteração

do perfil da nossa economia, foi conseguido, Sr. Vice Primeiro-Ministro, através da recessão, da quebra do PIB

até aos níveis de 2000, do empobrecimento da população portuguesa e da própria economia, de um

desemprego que atinge uma taxa de 15%, com o desemprego real a rondar os 20% e de uma caída a pique

nas importações.

É esta a causa, a responsabilidade para o equilíbrio do ajustamento externo. Percebe-se facilmente que ele

é precário, e hoje, quando assistimos a algum crescimento económico, assistimos também à recuperação do

crescimento das importações.

O Sr. João Galamba (PS): — Muito bem!

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Não conseguiram transformar a economia.

O Primeiro-Ministro português disse, em Moçambique, que as exportações com conteúdo tecnológico

aumentaram. Pois enganou-se, é falso! Ou se enganou ou não sabe, mas as exportações de média-alta e alta

tecnologia caíram: eram de 39% em 2011 e são de 36,6% em 2013. É o valor mais baixo desde que se

regista, desde 2000, Sr. Vice Primeiro-Ministro!

Sr. Ministro Paulo Portas, a austeridade fracassou na transformação estrutural da economia,…

Protestos da Deputada do PSD Conceição Bessa Ruão.

… as reformas estruturais não produziram o resultado que prometeram. Diga-nos, por favor, que aprendeu

com o erro, que vai inverter a estratégia. Diga aqui, diga ao País qual é a estratégia para verdadeiramente

promover a transformação estrutural da economia depois do fim do programa.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta vai ser formulada pelo Sr. Deputado Nuno Reis, do PSD.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Reis (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Vice

Primeiro-Ministro, começou por fazer uma análise deste agendamento do Bloco de Esquerda, debate que vem

acompanhado de um projeto com cinco recomendações e que deveria merecer uma explicação detalhada a

cada português sobre as consequências para o País se alguma delas fosse seguida nos moldes propostos.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Nuno Reis (PSD): — Não há aqui nada de verdadeiramente surpreendente. Este é o mesmo Bloco

que, primeiramente, se recusou a debater com a troica, o mesmo que, solícito, correu para a Grécia para

assistir à emergência de uma suposta nova esquerda e inspirar-se para o que queria fazer em Portugal.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Nuno Reis (PSD): — Um Bloco que, a cada sinal positivo dado pela economia portuguesa a partir do

segundo trimestre de 2013, foi perdendo a esperança de conquistar o povo, não pela força da políticas ou pela

validade de um rumo alternativo, mas pela mera contestação, sem propostas exequíveis.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Nuno Reis (PSD): — Um Bloco que sonhou ver nascer em Portugal um novo Alexis Tsipras, mas

que, em vez disso, por coincidência temporal ou por capricho do destino, viu o Memorando coincidir com a

saída do seu líder Louçã e começar a ver esboroada a sua base eleitoral.

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