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10 DE MAIO DE 2014

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O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É verdade, Sr. Primeiro-Ministro, nós não estamos, nunca estivemos,

com uma postura triunfalista.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Só falta a mão dentro da jaqueta!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nunca estivemos!

Mas há uma coisa que também não estamos: não estamos zangados com os portugueses, não estamos

zangados com a História e com aquele que é o nosso contributo para a história destes dias no nosso País.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Infelizmente, hoje, neste debate, mais uma vez se comprovou que os

partidos da oposição, todos os partidos da oposição, estão zangados com o País, estão zangados com a

História e não colaboram com o País para sairmos desta situação.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Esperem pelo dia 25 de maio e depois logo falem…

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Esperaremos por esse dia e esperaremos pelos outros que vêm a

seguir, Sr. Deputado. Nunca duvidámos do caminho que estávamos a percorrer em Portugal, nunca

duvidámos da capacidade do povo português, nunca duvidámos que éramos capazes de fazer bem mais e

bem melhor do que aquilo que fizeram antes de nós e aquilo que pretendíamos era que os Srs. Deputados da

oposição ajudassem o País a encontrar soluções e não ficassem reconduzidos apenas e só ao «bota-

abaixismo» e ao pessimismo.

Os senhores não acreditam em Portugal. Nós acreditamos em Portugal.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Portugal é que não acredita em vocês!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nós acreditámos que sairíamos a 17 de maio e vamos sair a 17 de maio,

acreditámos que sairíamos sem programa cautelar e vamos sair sem programa cautelar e o País espera de

vós, de todos vós, de todos os que se sentam nesta Câmara, que possam dar um contributo positivo para o

futuro. Ficamos a aguardar. Até agora a grande verdade é que os Srs. Deputados nunca saíram do

pessimismo. É pena!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, referi há pouco ao líder

parlamentar do CDS-PP que foi importante que tivéssemos acreditado nas nossas possibilidades e nas nossas

capacidades para vencermos as enormes dificuldades que o País defrontou.

E esse discurso, que realizámos durante três anos perante o País, de justificação mesmo do que não

tínhamos negociado mas tínhamos apoiado para que Portugal pudesse reerguer-se, foi a base continuada da

nossa persistência em chegar a bom porto e concluir a assistência financeira.

Durante esses três anos, procurámos, dentro e fora do Parlamento, mobilizar as pessoas e os portugueses,

apesar das dificuldades e das medidas difíceis, para uma transformação da nossa economia que nos pudesse

garantir crescimento no futuro, pois sem crescimento no futuro não poderemos gerar emprego e não

poderemos gerar mais prosperidade.

Quero hoje, nesta ocasião que se segue à apresentação das contas que o Governo devia prestar ao País e

também ao Parlamento sobre todas as medidas que executou, prestar também a minha homenagem aos Srs.

Deputados, quer do CDS-PP quer do PSD, que suportaram estoicamente durante estes três anos…

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