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I SÉRIE — NÚMERO 89

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O Sr. João Oliveira (PCP): — Outra vez?! Só têm essa história para contar?!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Basicamente, é essa a tese? Vamos preparar-nos para sair do euro

e depois vamos dizer que estávamos a brincar?! Que, afinal, já não queremos?!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Que era só para ver no que dá?! Que é só uma espécie de sondagem, de simulação?!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Srs. Deputados, há que se ser claro!

Há outro ponto que, acho, era importante que o Partido Comunista Português fosse muito claro: quando diz

dívida ilegítima, qual é a parcela da dívida que considera ilegítima? Qual é a parte que os senhores, de forma

muito clara e frontal, querem dizer: «Não pagamos»? Os senhores querem dizer: «Não pagamos!». Mas qual é

a parte»?!

Mais, Srs. Deputados,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — A dívida resultante dos crimes do BPN!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — E os submarinos!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Se me deixarem falar… É que se me deixarem falar, podem ouvir e

depois responder, porque ainda têm tempo e ainda não responderam a esta pergunta!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Os crimes do BPN!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não gaste o tempo, porque eu vou dar-lhe oportunidade de

responder, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa! Vão responder se querem ou não sair do euro para ficarmos

aqui todos com a certeza de que o Partido Comunista Português tem noções e ideias muito claras.

Sr. Deputado, já agora, responda-me também a isto: quem é que decide a parte ilegítima da dívida? O Sr.

Deputado Jerónimo de Sousa e o Partido Comunista Português estão a sugerir aos portugueses que sejam os

devedores, que necessitam de financiamento, que vão chegar ao pé dos credores e dizer: «Há uma parte que

não pagamos! A parte que não pagamos somos nós que decidimos e, já agora, se puderem dar mais qualquer

coisinha, nós agradecemos». Acha que alguém acredita nisso, Sr. Deputado? Acha que isto é viável?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Mas o devedor não tem direitos?!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Os portugueses e as portuguesas que estão a ouvir-nos acharão

concebível que isto aconteça na sua vida quotidiana?

Por isso, Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, fica claro que há uma alternativa, mas que essa alternativa seria

catastrófica.

Quanto ao Partido Socialista, Sr. Deputado António Braga, ninguém lhe nega a vitória eleitoral — não vale

a pena estar a repeti-la, nós já o dissemos —, nem a derrota que tivemos, que já assumimos.

Mas, Sr. Deputado, para ser franco, se o Partido Socialista teve no domingo uma vitória eleitoral, não

deixou de ter uma derrota política. E isso também devia, pelo menos, fazê-lo pensar.

Há duas lições que também podemos tirar para as próximas eleições: por um lado, os portugueses não

querem uma crise política porque não votaram naquele partido que apresentou um Programa do Governo a

oito dias das eleições e se apresentou como alternativa querendo fazer das eleições europeias uma espécie

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