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26 DE JULHO DE 2014

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O investimento em ciência tem de ser uma ideia partilhada por todos para a defesa dos interesses

nacionais.

Neste sentido, a Assembleia da República exprime a sua posição contrária aos cortes em curso nas

unidades de investigação, considerando-os assentes numa ótica economicista, que não salvaguarda o

investimento feito e a sustentabilidade da produção científica nacional.

A Sr.ª Presidente: — Passamos agora aos votos n.os

208/XII (3.ª) — De condenação dos crimes cometidos

por Israel contra o povo palestiniano (PCP) e 209/XII (3.ª) — De condenação pela violência na faixa de Gaza

(PS).

Como todos acordámos, estes votos terão a intervenção de cada grupo parlamentar pelo tempo de 2

minutos, sendo debatidos em conjunto.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, peço a palavra para, se me permite, fazer uma

correção.

A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — O guião de votações não está devidamente atualizado.

O voto n.º 209/XII (3.ª) vem indicado como sendo apresentado por Deputados do Partido Socialista. Na

prática, fazia parte de um processo que decorreu na Comissão de Negócios Estrangeiros e é assinado, neste

momento, por Deputados do Partido Socialista e também por Deputados do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Presidente: — Obrigada, Sr. Deputado. É uma correção oportuna.

Vou repetir: o voto n.º 209/XII (3.ª) — De condenação pela violência na faixa de Gaza, é subscrito não

apenas pelos Deputados do PS, mas também pelos Deputados do Bloco de Esquerda.

Vamos, então, debater em conjunto estes dois votos.

Para apresentar o voto n.º 208/XII (3.ª), do PCP, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias, que dispõe de 2

minutos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Neste momento, terá sido já

ultrapassado o número de 780 mortos, na sua imensa maioria populações civis, em resultado da ofensiva

militar de Israel contra a faixa de Gaza.

Quase um terço das vítimas mortais são crianças palestinas. Em duas semanas, foram bombardeados três

hospitais, destruídas 85 escolas e 26 unidades de saúde, cerca de 75 instalações das Nações Unidas foram

atingidas pelos bombardeamentos.

Srs. Deputados, a realidade é incomparavelmente mais brutal do que estes números, que, aliás, estão

desatualizados face aos acontecimentos de ontem. Com o ataque a uma escola da ONU, a funcionar como

abrigo para deslocados civis, morreram civis, a maioria mulheres e crianças, e funcionários das Nações

Unidas.

As organizações humanitárias no terreno denunciam a utilização de armas químicas contra populações

civis.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O que está a acontecer na Palestina não é um conflito. O que está

a acontecer é um ato de genocídio e um crime contra a Humanidade…

A Sr. Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — … que, pela sua natureza, não pode deixar ninguém indiferente. Ignorar as

atrocidades, esconder-se atrás de falsas neutralidades é abdicar de preceitos éticos e morais, fundadores da

própria noção de Humanidade.

A observância dos princípios mais elementares do respeito pela pessoa humana e dos princípios

consagrados na Carta dos Direitos do Homem exigem que se ponha termo a esta barbárie que, dia após dia,

envergonha o mundo.

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