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I SÉRIE — NÚMERO 105

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bem-vindos à terra da dignidade». Resistência de um povo que quer alcançar o que é seu por direito próprio,

um Estado soberano, um direito reconhecido pela comunidade internacional e enquadrado em resolução das

Nações Unidas; dignidade porque é um povo que não desiste.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Sr.as

e Srs. Deputados, já não há palavras que possam descrever o horror deste ataque e desta invasão.

Hoje, aqui, podemos e temos o dever de dar sentido às palavras que todo o mundo teima em dizer. Hoje,

assumindo a condenação inequívoca deste massacre, também é nossa responsabilidade contribuir para o

clamor mundial que exige o fim do massacre e o fim do bloqueio a Gaza. É isto que hoje se pede a estes

Deputados e a estas Deputadas.

Lembremo-nos do que disse Sophia: «Vemos, ouvimos e lemos (…)». Vamos continuar a ignorar?

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Os Verdes associam-se tanto

ao voto de condenação dos crimes cometidos por Israel contra o povo palestiniano, apresentado pelo Partido

Comunista Português, como ao voto de condenação pela violência na faixa de Gaza, apresentado por

Deputados do Partido Socialista e do Bloco de Esquerda.

Associamo-nos a estes votos de condenação porque consideramos que é altura de o mundo olhar para

esta parte do globo. Uma parte do globo que, ao longo dos anos e em claro e grosseiro confronto com as

regras mais elementares do direito internacional, tem sido marcado por um alargamento dos territórios de

Israel e pelo emagrecimento dos territórios do povo da Palestina e que ciclicamente conhece uma violência

assustadora sobre o povo da Palestina, como está acontecer, neste momento, com a ofensiva militar de Israel

contra a faixa de Gaza.

É uma ofensiva em que as Nações Unidas já confirmaram a morte de centenas e centenas de pessoas e

milhares e milhares de feridos. Desde o dia 8 de julho, as Nações Unidas já confirmaram a morte de centenas

de crianças e de mais de 1000 crianças palestinianas feridas.

Estamos, portanto, perante verdadeiros crimes contra a humanidade, que só se continuam a verificar

porque a generalidade dos governos continua remetida a um silêncio cúmplice e indiferente ao sofrimento do

povo palestiniano, como é o caso do Governo português, para variar.

Da parte do Partido Ecologista «Os Verdes», consideramos que esta Assembleia não pode ficar indiferente

ao que se está a passar. Por isso, a nosso ver, deverá não só condenar a agressão militar de Israel contra o

povo palestiniano e exigir o seu fim imediato e incondicional como ainda deverá reclamar do Governo

português uma posição no mesmo sentido, ou seja, uma posição clara e objetiva de condenação desta

ofensiva de Israel contra o povo da Palestina, bem como a exigência da sua imediata cessação. Isto é o

mínimo que se pode exigir, isto é o mínimo que um Governo, com a nossa Constituição, pode fazer.

Aplausos de Os Verdes, do PCP e do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Filipe Lobo d'Ávila.

O Sr. Filipe Lobo d'Ávila (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Dos três votos

apresentados, agora reduzidos a dois, colocam-se, do ponto de vista do CDS, duas questões.

Uma primeira questão tem a ver com a própria prática parlamentar. Sr.as

e Srs. Deputados, este

Parlamento não pode, não deve, do nosso ponto de vista, pronunciar-se sobre os mesmos temas de 15 em 15

dias. Aprovámos, recentemente, um apelo à paz e ao cessar-fogo e julgo mesmo que houve um amplo

consenso nesta Câmara com uma clarificação muito nítida sobre a posição de todo o Parlamento e não

apenas de parte dele.

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