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20 DE SETEMBRO DE 2014

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A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — A Assembleia da República é assim constituída, não só por quem

não quer falar, mas por quem fala e está com as populações!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Deputado, enfrentar os problemas é resolver os problemas e

por isso, Sr. Deputado, fazia-lhe bem olhar para a proposta que Os Verdes aqui trazem.

Sr.ª Deputada Teresa Caeiro, ainda assim, com um tom um pouco mais calmo, porque, independentemente

de termos opiniões diferentes, e muito diferentes, respeito a intervenção que fez, quero dizer-lhe o seguinte: a

Sr.ª Deputada está arredada daquelas que são as preocupações concretas, porque decorrem da vivência

concreta, dos diretores clínicos do Hospital Garcia de Orta, de médicos de todos estes centros hospitalares,

dos utentes, dos autarcas, de enfermeiros, ou seja, de todos aqueles que sofrem na pele os riscos efetivos de

rutura que têm comportado o subfinanciamento e as opções erradas do Governo relativamente ao Serviço

Nacional de Saúde.

A Sr.ª Deputada fala de concentração e quero dizer-lhe o seguinte: esta concentração que o Governo está

a promover significa distanciar os serviços de saúde das populações, o que é uma coisa errada, porque se há

serviço público que precisa de estar junto das populações são, naturalmente, os serviços de saúde.

Por último, quero dizer à Sr.ª Deputada, que falou de reforço de capital, que não foi um reforço de

investimento, foi para pagar dívidas,…

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — As dívidas daqueles que nos antecederam!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — … porque os subfinanciamentos dos sucessivos Governos,

incluindo deste, os sucessivos subfinanciamentos comportam dívidas. Ou seja, o reforço de capital não foi

para investir na qualidade dos serviços de que as populações necessitam.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!

O Sr. Pedro do Ó Ramos (PSD): — Investimos e não pagamos!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Portanto, a Sr.ª Deputada vem, então, reconhecer…

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Termino, Sr. Presidente.

A Sr.ª Deputada vem, então, reconhecer que não há um investimento concreto naquilo que era fundamental

nas unidades hospitalares para dar resposta às necessidades dos utentes e para dar qualidade e meios de

funcionamento aos profissionais.

O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — Seja séria, Sr.ª Deputada!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Está errado, Sr.ª Deputada. O Serviço Nacional de Saúde não é

um despesismo e as pessoas não compreendem como é que não se constrói um hospital no Seixal (apenas

se remete para lá uma ambulância, quando o que é necessário é um hospital) e, depois, há sempre dinheiro

para a banca — para a banca há milhões e milhões de euros!

Aplausos do PCP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E para as PPP da saúde!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Concluímos, assim, a discussão do projeto de resolução n.º 1108/XII

(3.ª).

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