O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

25 DE SETEMBRO DE 2014

25

E reafirmamos aqui que o aumento do salário mínimo nacional, ao contrário do que o Sr. Deputado afirma,

não resulta do diálogo social. O Governo viu-se obrigado a aumentar o salário mínimo nacional por causa da

luta dos trabalhadores. Poder-se-á dizer que há um outro argumento, que aqui também avançámos, que é o

calendário eleitoral. Mas sabemos que, no fundo, o que obrigou o Governo a aumentar o salário mínimo

nacional foi a luta dos trabalhadores e, portanto, este aumento não é uma dádiva do Governo.

Protestos do PSD.

Mais: nós sabemos, Sr. Deputado Pedro Roque, que o Governo tentou adiar, até ao limite, o aumento do

salário mínimo nacional. Sr. Deputado, a maioria PSD/CDS-PP, que é tão rápida — é de um dia para o outro

— a aumentar o corte dos salários, a promover o corte dos direitos, é a mesma maioria que andou mais de um

ano em concertação social a adiar o aumento do salário mínimo nacional.

Sabemos que esta maioria, que é tão diligente a cortar nos salários e a promover as injustiças, demorou

tanto e tanto tempo a aumentar o salário mínimo nacional.

Não se gabe de uma coisa que não tem legitimidade, o Governo não queria. Se dependesse

exclusivamente da sua vontade, este Governo não aumentaria nunca o salário mínimo nacional. Foi a luta dos

trabalhadores que o obrigou a aumentar o salário mínimo nacional.

Mais, a desculpa do acordo de concertação social, Sr. Deputado, é completamente esfarrapada.

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Deputado sabe — e a maioria PSD/CDS-PP sabe-o muito bem — que já havia um acordo de

concertação social de 2006 que obrigava a aumentar o salário mínimo nacional para 500 € em 2011. Agora,

em 2014, depois de três anos de Governo, vêm dizer que, afinal, o aumento do salário mínimo nacional é para

os 505 €, mais 5 € do que estava estipulado desde 2006! Mas com uma agravante, Sr. Deputado: é que este

aumento do salário mínimo nacional não vem sem contrapartidas para os patrões — e é pena que não tenha

abordado essa matéria.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Não quer!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — É que, ao mesmo tempo que aumentam, nestes valores, inaceitavelmente

baixos, o salário mínimo nacional, a verdade é que vêm mais descontos na taxa social única para o patronato.

Isto é, o Governo está a utilizar a segurança social, o dinheiro que as empresas entregam para a segurança

social, que é património dos trabalhadores, para financiar aquilo que deveriam ser os patrões a pagar.

No fundo, estão a descontar naquilo que são os direitos dos trabalhadores, a segurança social, o pequeno

esforço que vai ser pedido aos patrões.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Portanto, esta medida, Sr. Deputado, tem muita «perna curta»

relativamente ao que foi aqui anunciado.

Protestos do PSD.

Efetivamente, o que o Governo se está a preparar para fazer é mais um golpe nas receitas da segurança

social, fazendo, à custa dos trabalhadores, o pagamento do aumento do salário mínimo nacional.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.

Páginas Relacionadas
Página 0001:
Quinta-feira, 25 de setembro de 2014 I Série — Número 4 XII LEGISLATURA 4.ª SESSÃO L
Pág.Página 1
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 4 2 pedidos de esclarecimento dos Deputados Hélder A
Pág.Página 2
Página 0003:
25 DE SETEMBRO DE 2014 3 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Jornalistas, est
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 4 4 Tratamento de Resíduos Sólidos, SA, bem como à a
Pág.Página 4
Página 0005:
25 DE SETEMBRO DE 2014 5 O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 4 6 Afinal, o PS tinha razão e a maioria PSD/CDS fic
Pág.Página 6
Página 0007:
25 DE SETEMBRO DE 2014 7 Não sabemos o que é que pensam o Dr. Seguro e o Dr. Costa
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 4 8 O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Preside
Pág.Página 8
Página 0009:
25 DE SETEMBRO DE 2014 9 O Sr. António Filipe (PCP): — Pela primeira vez, vimos uma
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 4 10 Vou concluir, Sr.ª Presidente, com a questão do
Pág.Página 10
Página 0011:
25 DE SETEMBRO DE 2014 11 A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deput
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 4 12 Na justiça, Sr.ª Deputada, sucede a mesma coisa
Pág.Página 12
Página 0013:
25 DE SETEMBRO DE 2014 13 Sr. Deputado, digo-lhe apenas isto: foi lamentável e, por
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 4 14 têm para este Governo. É que avançar com uma re
Pág.Página 14
Página 0015:
25 DE SETEMBRO DE 2014 15 000 pessoas empregadas. Este aumento foi explicado, em gr
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 4 16 O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — A desburocratiz
Pág.Página 16
Página 0017:
25 DE SETEMBRO DE 2014 17 Sr. Deputado, não considera que está mais do que na hora
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 4 18 Há os estagiários, pagos com dinheiro do própri
Pág.Página 18
Página 0019:
25 DE SETEMBRO DE 2014 19 Para terminar, Sr. Deputado Bruno Dias, não quero fugir à
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 4 20 A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Vou apon
Pág.Página 20
Página 0021:
25 DE SETEMBRO DE 2014 21 Sr.ª Deputada, percebo por que é que o Partido Socialista
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 4 22 O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr.ª Presidente, S
Pág.Página 22
Página 0023:
25 DE SETEMBRO DE 2014 23 Mais: queremos afirmar que o hipotético aumento do salári
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 4 24 Aplausos do PSD e do CDS-PP. <
Pág.Página 24
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 4 26 A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr.ª President
Pág.Página 26
Página 0027:
25 DE SETEMBRO DE 2014 27 Portanto, foi a luta que determinou, em 2006, o acordo qu
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 4 28 cheira a eleições, chegou a propaganda. Por iss
Pág.Página 28
Página 0029:
25 DE SETEMBRO DE 2014 29 Ainda por cima, este aumento não vem sem qualquer tipo de
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 4 30 É um mau negócio, mas faz parte da opção políti
Pág.Página 30
Página 0031:
25 DE SETEMBRO DE 2014 31 Não teve razão quando disse, ainda, que a melhor solução
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 4 32 Aplausos do PS. O Sr. Pres
Pág.Página 32
Página 0033:
25 DE SETEMBRO DE 2014 33 A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr. Deputado, devolvo-
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 4 34 Aplausos do PCP. O Sr. Pre
Pág.Página 34
Página 0035:
25 DE SETEMBRO DE 2014 35 Primeiro, não é preciso fazer um grande esforço de memóri
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 4 36 Para aqueles que exigiriam passos sérios que de
Pág.Página 36
Página 0037:
25 DE SETEMBRO DE 2014 37 A Sr.ª Deputada, na sua intervenção, fez-me lembrar, pera
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 4 38 Sr.ª Deputada, sobre a cimeira climática, por p
Pág.Página 38
Página 0039:
25 DE SETEMBRO DE 2014 39 A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Preside
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 4 40 Ao longo dos últimos meses, o Governo tem afirm
Pág.Página 40
Página 0041:
25 DE SETEMBRO DE 2014 41 O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Estes territórios têm rec
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 4 42 O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Já
Pág.Página 42
Página 0043:
25 DE SETEMBRO DE 2014 43 efetiva dos recursos, e valorização efetiva dos recursos
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 4 44 O que queremos dizer é que não é com essas polí
Pág.Página 44
Página 0045:
25 DE SETEMBRO DE 2014 45 Relativamente ao diagnóstico, nunca o interior foi tendo,
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 4 46 Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Pág.Página 46