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11 DE OUTUBRO DE 2014

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realidade cor-de-rosa é tudo um bocadinho mais fácil, porque o défice não é importante, a economia cresce

por magia, o Estado social, esse, vai-se financiando e alimentando com endividamento.

Mas, Sr. Primeiro-Ministro, isso os portugueses já viram e ainda sentem hoje, porque estão a pagar

precisamente aquilo que é essa ilusão.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, nós temos reclamado, creio que com toda a

legitimidade, as alternativas do Partido Socialista.

Temos até, com todo o respeito democrático, mostrado a nossa disponibilidade para firmar compromissos

para o futuro — sobre os tetos máximos na despesa pública, sobre a reforma do Estado, sobre a

sustentabilidade da segurança social, sobre os principais investimentos públicos, mesmo sobre a política

fiscal.

Sr. Primeiro-Ministro, nós sabemos que o Governo e o Primeiro-Ministro também têm tido essa abertura,

mas os indícios não são, de facto, muito bons para os portugueses. E já não é por causa do silêncio do Dr.

António Costa sobre os grandes temas que preocupam a vida dos portugueses. É até mais do que isso. É pelo

pouco que o Dr. António Costa já foi capaz de dizer. E vou aqui citar o Dr. António Costa. Dizia ele, há pouco

tempo: «Eu pedi que me fizessem uma comparação entre o contrato de confiança e o programa eleitoral de

2009 e o que verifiquei, aliás, com satisfação, em nome também da coerência do Partido Socialista, é que só

seis propostas e meia é que não constavam do programa eleitoral de 2009» — fim de citação. Curioso ano, o

de 2009! O ano em que se subiram salários e em que se baixaram impostos sem sustentação para, no ano

seguinte, pagarmos tudo isso a dobrar, senão mesmo a triplicar.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O ano em que o défice ficou 400%, repito, 400% acima do que era

previsto. O ano da satisfação e o ano da coerência do Dr. António Costa e do Partido Socialista.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, de facto, inspirados em 2009 vai ser difícil contar

com o Partido Socialista para esses grandes compromissos.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Mas nós, nesta bancada e no PSD, Sr. Primeiro-Ministro, continuaremos

empenhados em servir o interesse da vida das pessoas e em servir o futuro do nosso País, mostrando

disponibilidade para podermos ter esses grandes compromissos, mas não perdendo de vista a

responsabilidade que temos, depois de terminado o Programa de Assistência Económica e Financeira, de

continuar a transformar Portugal para termos uma economia mais pujante, mais sólida, capaz de gerar mais

emprego e de recuperar bem-estar para a vida das pessoas.

É com este espírito que, neste tempo político, queremos aqui afirmar a nossa posição, queremos aqui

continuar e reiterar em mostrar a nossa disponibilidade, mas não vamos desviar-nos do sentido que tem

conduzido a nossa ação, que é um sentido de ambição, seguramente, mas, sobretudo, de responsabilidade, a

pensar naqueles que virão a seguir a nós.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, o Sr. Deputado disse que hoje

o País podia ter esperança e viver uma mudança com base em resultados alcançados. Quero sublinhar esta

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