O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 14

26

O Sr. João Oliveira (PCP): — A campanha eleitoral do CDS vai adiantada!

A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — No âmbito da conciliação familiar com a vida profissional,

procedeu-se à criação de uma medida que permitia a conciliação através da empregabilidade parcial,

assegurando o Estado o pagamento do restante salário para que não haja perda dos rendimentos dos pais;

Ajustou-se o abono de família para a revisão trimestral.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Ajustou-se e cortou-se?!

A Sr.ª Inês Teotónio Pereira (CDS-PP): — Ou seja, a cada três meses passou a ser possível adequar o

abono aos seus rendimentos, quando, no passado, havia um desfasamento de quase dois anos. Em 2013,

mais de 48 000 agregados reviram o seu escalão;

Majorou-se o subsídio de desemprego para casais com filhos a cargo;

Alterou-se a legislação das creches e permitiu-se o aumento de vagas. Desde junho de 2011 que existem

mais de 13 000 vagas;

Procedeu-se a deduções fiscais, em sede de IRS, para os filhos. Atualmente, cada filho com mais de três

anos representa uma dedução de 190 € no IRS e cada dependente com menos de três anos representa uma

dedução de 380 €;

Introduziu-se a majoração no subsídio de doença para pessoas com rendimento médio inferior a 500 €;

Regulamentou-se a profissão de amas, permitindo, assim, criar uma terceira resposta no apoio às famílias.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Há, naturalmente, muito caminho a percorrer e sabemos que temos

de ir mais longe se quisermos ultrapassar o inverno demográfico.

Os números já aqui expostos e tão batidos sobre a natalidade não são novos, nem são apenas nossos. A

queda da natalidade é uma tendência que, infelizmente, temos vindo a assistir desde há vários anos e que é

partilhada na Europa. No entanto, em Portugal, a situação consegue ser pior e mais grave. Em 2013, 70% dos

contribuintes declararam que não tinham dependentes — estamos a falar de 70% dos contribuintes — e,

nesse mesmo ano, cerca de metade das crianças que nasceram eram primeiros filhos.

Estes números mostram que estamos a desenhar um novo retrato das famílias portuguesas, que temos em

mãos um verdadeiro drama demográfico, ao mesmo tempo que registamos a mais baixa taxa de fecundidade

da Europa e das mais baixas do mundo.

Nesta nova fase da Legislatura, passados tantos sacrifícios e recuperada a nossa autonomia, há que

assumir abertamente um compromisso e apostar numa alteração significativa das políticas para as famílias,

um compromisso para alterar esta curva descendente.

Mas não tenham dúvidas: só o iremos conseguir fazer se garantirmos estabilidade nas medidas que

concretizamos e se conseguirmos recuperar a confiança das famílias no Estado. Esta reforma do IRS que

prevê a criação do quociente familiar é disso um exemplo.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Este projeto de resolução do PSD parece saído de O Aprendiz de Feiticeiro!

A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção cabe ao PCP.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Neste debate, temos ouvido a direita

expressar pretensas preocupações com a redução da natalidade.

Perante isto, pergunta-se: de quem são as responsabilidades pela redução da natalidade no nosso País?

Serão das famílias, que desejam ter filhos e não podem porque não têm condições económicas? Ou serão dos

sucessivos Governos, em particular do atual Governo, que corta salários e prestações sociais, que promove a

precariedade e o desemprego e a instabilidade familiar e laboral?

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 14 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, está abert
Pág.Página 2
Página 0003:
17 DE OUTUBRO DE 2014 3 idosos em 2060. Repito: o cenário das projeções do INE tem-
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 14 4 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem
Pág.Página 4
Página 0005:
17 DE OUTUBRO DE 2014 5 A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Desde logo porque o PSD ap
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 14 6 A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Termino já, Sr
Pág.Página 6
Página 0007:
17 DE OUTUBRO DE 2014 7 O Sr. Jorge Machado (PCP): — Querem saber por que é que os
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 14 8 A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Por que é
Pág.Página 8
Página 0009:
17 DE OUTUBRO DE 2014 9 A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Veja os números dos último
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 14 10 Aplausos do PSD. A Sr.ª Presiden
Pág.Página 10
Página 0011:
17 DE OUTUBRO DE 2014 11 Mas faço-lhe, então, outra pergunta. Concorda com todas as
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 14 12 A Sr.ª Presidente: — Para pedidos de es
Pág.Página 12
Página 0013:
17 DE OUTUBRO DE 2014 13 A revisão trimestral do apoio e do abono de família, em fu
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 14 14 A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Aquilo que a propos
Pág.Página 14
Página 0015:
17 DE OUTUBRO DE 2014 15 Protestos da Deputada do PCP Rita Rato. <
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 14 16 concretizar, do relatório que vem em anexo, as
Pág.Página 16
Página 0017:
17 DE OUTUBRO DE 2014 17 Olhemos para o fim dos passes 4-18 e sub-23, que mais uma
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 14 18 Aplausos do PS. Protestos do PSD.
Pág.Página 18
Página 0019:
17 DE OUTUBRO DE 2014 19 O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — … pelo que fez em termos
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 14 20 Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Pág.Página 20
Página 0021:
17 DE OUTUBRO DE 2014 21 É também verdade que o Sr. Deputado, ao fim de 14 minutos,
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 14 22 acriticamente e a medida em causa, a confirmar
Pág.Página 22
Página 0023:
17 DE OUTUBRO DE 2014 23 meses, mas que Os Verdes poderiam trazer novamente a debat
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 14 24 A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Sr.ª
Pág.Página 24
Página 0025:
17 DE OUTUBRO DE 2014 25 O que está aqui em causa é, pois, tratar o igual na medida
Pág.Página 25
Página 0027:
17 DE OUTUBRO DE 2014 27 Com a realização deste debate, o PSD não quer discutir ser
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 14 28 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Muito bem!
Pág.Página 28
Página 0029:
17 DE OUTUBRO DE 2014 29 O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — É verdade! <
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 14 30 A Sr.ª Nilza de Sena (PSD): — Os senhor
Pág.Página 30
Página 0031:
17 DE OUTUBRO DE 2014 31 E, ao mesmo tempo, não é possível ignorar que, quando VV.
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 14 32 Nós apresentámos aqui e reapresentámos medidas
Pág.Página 32
Página 0033:
17 DE OUTUBRO DE 2014 33 A Sr.ª Elza Pais (PS): — … sendo que as famílias não têm c
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 14 34 O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — … os senhores
Pág.Página 34
Página 0035:
17 DE OUTUBRO DE 2014 35 O PSD não recebe lições de autoridade moral de um partido
Pág.Página 35