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I SÉRIE — NÚMERO 18

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muito brevemente, vai deixar de exercer esse papel, que lhe fica tão bem, de Ministro da propaganda deste

Governo.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta cabe ao CDS-PP, pelo que tem a palavra o Sr. Deputado Filipe

Lobo d’Ávila.

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Economia, não vou fazer qualquer

tipo de comentário idêntico àquele que foi feito pela Sr.ª Deputada Ana Paula Vitorino, mas quero dizer-lhe

uma coisa: o Sr. Ministro não se deve preocupar com o jet lag, porque há quem esteja neste Parlamento em

jet lag permanente.

Risos e aplausos do CDS-PP e do PSD.

O jet lag socialista é, de facto, permanente, Sr.ª Deputada Ana Paula Vitorino, e não há nada que se

consiga fazer para desfazer esse jet lag ou mesmo para fazer com que o Partido Socialista consiga aprender

com os erros do passado. Isto, de facto, é um bom exemplo daquilo que resulta deste debate.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Vivem num mundo cor de rosa!

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Sr. Ministro, ao longo destes últimos anos, temos ouvido muitas

coisas, sobretudo da bancada do Partido Socialista, que arriscou prognósticos, diferentes opiniões, muitas

delas diferentes entre si, e muitos até arriscaram palpites. E a verdade é que, hoje, este debate é, uma vez

mais, um bom exemplo disso mesmo.

Ouviu-se falar aqui em década perdida, uns falaram também, ainda, em espiral recessiva, em recessão, no

efeito «bola de neve», no problema do aumento descontrolado da dívida e do desemprego, num segundo

resgate, numa nova troica, etc. Ouvimos de tudo, e ouvimo-lo aqui, hoje, uma vez mais. A verdade é que, em

regra, quem apresenta estes prognósticos, quem arrisca estes palpites nunca deu qualquer contributo; em

regra, quem apresentou estes mesmos prognósticos, quem apresentou estes palpites nunca assumiu qualquer

responsabilidade ou até aquela que é a sua própria responsabilidade.

Em regra, todos falharam nos palpites, e esse, Sr.ª Deputada Ana Paula Vitorino, esse é que é o

desencanto, e é o desencanto, calculo, para o próprio Partido Socialista, porque a todos eles, a uns e outros, o

País respondeu com esforço, com superação e com crescimento, com crescimento em 2014, com o défice

mais baixo desde que Portugal entrou no euro, com uma redução no desemprego e com a taxa de

crescimento das exportações mais elevada da União Europeia. Basta percebermos que, entre o quarto

trimestre de 2011 e o quarto trimestre de 2013, ficámos mesmo à frente de países como a Alemanha, a França

— pasme-se, a França, esse grande exemplo socialista!… —, a Espanha e a Itália.

Mas os portugueses responderam também com indicadores de confiança, que são dos indicadores mais

elevados dos últimos oito anos.

São sinais claros, apesar dos palpites, do caminho que seguimos; são sinais claros, apesar dos palpites, de

que estamos a fazer um caminho para uma economia que dê futuro a Portugal e não, como no passado, Sr.

Deputado Vieira da Silva, por uma economia que hipotecava o nosso futuro. Apesar de todos esses palpites,

são sinais claros de que, depois do resgate, devemos ter confiança e esperança no futuro de Portugal e,

sobretudo, deveremos reconhecer e acreditar na capacidade dos portugueses.

O Sr. Ministro da Economia falou num tema essencial, falou-nos aqui nos três motores essenciais para a

recuperação da economia: a estabilização do consumo privado e da procura interna, a manutenção do

dinamismo das exportações e a captação de investimento. Quero fazer-lhe duas perguntas muito simples, a

primeira das quais é a seguinte: depois do colapso socialista, depois do ajustamento, com a retoma, com

prudência orçamental, com crescimento, querendo ser competitivos e querendo exportar mais, onde

continuaremos a apostar, que desafios temos pela frente e que novos mercados deveremos explorar?

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