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I SÉRIE — NÚMERO 19

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Mas os portugueses não querem voltar para trás, querem mais crescimento, querem mais emprego,

querem um Estado mais poupado e mais eficiente, querem salvaguardar o Estado social. Os portugueses não

querem voltar à situação em que estavam há três anos.

Cabe-nos a nós sermos capazes de os motivar, de os mobilizar para mais quatro anos de mudança, de

futuro, de coragem e de progresso.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. João Galamba (PS): — Com tanta mudança ficamos tontos!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Já nem o aplaudem! Está a esticar a corda!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O tempo que abrimos é de esperança, o tempo é de combate

democrático e a nossa responsabilidade é não deixar que o País desperdice o enorme esforço que foi capaz

de fazer.

Concentremo-nos no essencial: esperam-nos novas metas, novos objetivos, mais reformas estruturais. Os

portugueses merecem a nossa tenacidade, o nosso esforço, o nosso empenho máximo.

Sá Carneiro disse: «Saber estar e romper a tempo, correr os riscos da adesão e da renúncia, pôr a

sinceridade das posições acima dos interesses pessoais isto é a política que vale a pena». É para isso que

aqui estamos e é para isso que aqui continuaremos! Os portugueses sabem que Portugal está em boas mãos!

Aplausos do PSD (de pé) e do CDS-PP.

Protestos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Vice-Primeiro-Ministro.

O Sr. António Filipe (PCP): — No fim, só se vai levantar o CDS!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro (Paulo Portas): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Este é o primeiro

Orçamento deste Governo que discutimos sem depender da troica — temos mais soberania.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Temos mais impostos!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Este é o primeiro Orçamento após o Memorando de Entendimento —

temos mais liberdade.

Este é o primeiro Orçamento depois do termo do resgate, depois do termo de um enorme vexame para

Portugal — temos mais dignidade, e foi pela dignidade de Portugal que todos trabalhámos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Este é o primeiro Orçamento com défice abaixo dos 3% — temos mais credibilidade.

Melhor: este é o primeiro Orçamento em que há expetativas de crescimento económico acima da média da

zona euro. Não serão certezas, mas avançámos, certamente, na esperança.

Este é o primeiro Orçamento com uma redução mais acentuada do desemprego. Não são números, são

pessoas; não são percentagens, são oportunidades — avançámos no emprego.

Este é o primeiro Orçamento em que os indicadores de confiança prevalecem nitidamente sobre os

indicadores de dúvida — avançámos na confiança.

Mais claro ainda: este é o primeiro Orçamento em que há recuperação do poder de compra para muitos

trabalhadores: 570 000 compatriotas nossos terão o salário mínimo nacional aumentado — avançámos na

justiça social.

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