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I SÉRIE — NÚMERO 27

20

Chocante é o Governo não utilizar as participações que tem na segurança social, na Caixa Geral de

Depósitos, no Fundo de Resolução, no Novo Banco.

Chocante é «lavar as mãos», encolher os ombros e assistir à destruição de mais uma empresa.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Muito bem!

O Sr. Rui Paulo Figueiredo (PS): — Mas mais chocante é os Deputados do PSD e do CDS terem usado

tantos minutos de intervenção sem apresentarem uma única solução.

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Qual é a solução?!

O Sr. Rui Paulo Figueiredo (PS): — A solução, Sr.ª Deputada, é o Governo mobilizar as participações que

tem para impedir a destruição da Portugal Telecom.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana

Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Em primeiro lugar, gostaria de dizer,

relativamente ao PS, que as participações que neste momento o Governo tem não são suficientes para

garantir o objetivo desejado e por isso o Bloco de Esquerda foi mais longe na proposta que fez e quer o

controlo público da PT.

Gostaria de deixar duas notas aos Srs. Deputados Hélder Amaral e Afonso Oliveira, sobre o tempo em que

vivemos e o mundo em que vivemos.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Vai dizer quanto vai custar a solução do Bloco. Vamos ouvir!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — O tempo em que vivemos e o mundo em que vivemos já não é o mundo

imaginário do PSD e do CDS, dos empresários e industriais privados, com planos de investimento de longo

prazo.

O mundo em que vivemos é o mundo dos fundos de investimento, é o mundo do capitalismo financeiro, é o

mundo da economia financeirizada. O mundo em que vivemos é um mundo em que a economia é controlada

por fundos de investimento abutres, com sede em offshore — não se sabe muito bem onde, mas onde quer

que seja pagam poucos impostos!… —, que compram e vendem participações de empresas para compor uma

carteira diversificada (com um bocadinho de banco em Portugal, um bocadinho de saúde na Grécia…) e que

vêm a Portugal porque Portugal está à venda! Portugal é uma ótima forma de entrada para grandes grupos

económicos, sejam eles angolanos, chineses, de onde quer que sejam, que vêm para cá compor a sua

carteira, que não gerem segundo os interesses de Portugal, nem de acordo com um plano industrial de longo

prazo mas, sim de acordo com a rentabilidade da sua carteira. E no dia em que a PT já não for rentável,

desfazem-se dela.

Este é o mundo em que vivemos e este é o mundo com o qual o PSD e o CDS compactuam todos os dias!

Srs. Deputados, daqui a 10 ou 20 anos a nossa geração, ou a que vier a seguir a nós, vai olhar para este

País, vai querer fazer alguma coisa deste País e não vai encontrar nada! E não vai encontrar nada porque foi

tudo vendido! O País está à venda empresa por empresa, bocado por bocado!

Srs. Deputados, relativamente a isto, temos de perguntar: quem é que é o irresponsável?

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias.

Pausa.

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