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6 DE DEZEMBRO DE 2014

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Sempre amável, didático e acessível na sua abordagem aos temas do campo, da agricultura ou da

pecuária, José Sousa Veloso foi um dos pioneiros da televisão especializada e, de certo modo, um formador

dos agricultores portugueses, que semanalmente escutavam e seguiam os seus conselhos. Em cada um deles

usava, a mesma expressão emblemática, «despeço-me com amizade». Através da sua cordialidade e

inteligência, José Sousa Veloso elevou TV Rural a um exemplo do serviço público de televisão, construindo

com o programa uma ponte afetiva e racional entre uma sociedade em acelerada urbanização e o país

agrícola.

O profissionalismo do Engenheiro Sousa Veloso — cujo objetivo era mostrar aspetos positivos e úteis —

tornou-o a ele e ao TV Rural uma referência não só agrícola como também nacional. A sociedade portuguesa

criou uma empatia com o programa de televisão e com o seu apresentador, pela forma simples, humilde e

didática como expunha cada um dos temas. O seu programa influenciou, assim, várias gerações, dentro e fora

do mundo rural.

O Engenheiro Sousa Veloso será evocado como uma personalidade incontornável da nossa história

coletiva, sobretudo enquanto promotor maior das atividades agrárias. Será, também, recordado pelos

portugueses como um amigo, cuja amizade se fundou na partilha de experiências e na descoberta das

riquezas do nosso País.

Por tudo isso, os portugueses estão-lhe gratos.

Sousa Veloso deixa um legado no mundo rural. As suas qualidades humanas de bondade, serenidade e

bonomia, conjugadas com a sua indiscutível capacidade de comunicação, fizeram dele um construtor de

relações profissionais e afetivas entre o campo e a cidade.

Somos todos beneficiários dessa sua ação e responsáveis pela continuação da sua obra, através de outras

formas e meios.

Em 2008, despediu-se da televisão, numa entrevista pessoal, com um «até uma próxima oportunidade, se

Deus quiser».

Os Deputados da Assembleia da República reconhecem ao Engenheiro José Sousa Veloso a dedicação, a

alegria e a mestria com que se dedicou à divulgação e promoção da agricultura nacional e do mundo rural, e

apresenta a toda a sua família e amigos as suas sentidas condolências, juntando-se assim a todos os que

lamentam a perda deste ilustre português».

A Sr.ª Presidente: — Vamos, então, votar o voto n.º 231/XII (4.ª) — De pesar pelo falecimento do

Engenheiro José Sousa Veloso (PSD e CDS-PP).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Peço aos Srs. Deputados o favor de guardarmos 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Passamos ao voto n.º 229/XII (4.ª) — De louvor pelo fim da participação da missão das Forças Armadas

Portuguesas no Afeganistão (CDS-PP, PSD e PS).

Peço ao Sr. Secretário, Deputado Raúl de Almeida, o favor de proceder à leitura do voto.

O Sr. Secretário (Raúl de Almeida): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Doze anos depois, a participação das Forças Armadas nacionais na missão da Força Internacional de

Assistência para a Segurança (ISAF) no Afeganistão chegou ao fim. Esta missão representou uma das

missões mais exigentes da NATO, num teatro de operações tão complexo quanto perigoso, caracterizado e

agravado por um ambiente de permanente insegurança, reflexo dos conflitos sucessivos que dominaram

aquele país durante três décadas.

Após o 11 de Setembro, o Afeganistão tornou-se uma questão central da segurança internacional. Tornar o

Afeganistão um Estado seguro, próspero e democrático, sob a liderança de um governo afegão capaz de

proteger, estabilizar e desenvolver o país, constituiu o objetivo político principal, legitimado pelo mandato das

Nações Unidas, constante da Resolução 1386 do Conselho de Segurança, e executado pela missão da NATO.

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