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I SÉRIE — NÚMERO 35

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A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Também gostaria de dizer que, de facto, não é aceitável que as

pessoas esperem durante 6, 8, 20, 22 horas num serviço de urgências. Mas isto são carências que vão,

certamente, ser acauteladas. O nosso SNS é excelente? É perfeito? Não é! Mas se algum Deputado ou

alguma Deputada conhecer um serviço de saúde perfeito neste mundo agradeço que nos digam qual é.

Depois, referem que a realidade é nova. Todos sabemos que não é. E os Srs. Deputados do Partido

Socialista sabem perfeitamente que esta realidade não é nova.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Volto a dizer que todos lamentamos estas mortes nos serviços de

urgências. Ninguém as desejaria. No entanto, gostaria de perguntar: porque é que os senhores agendam um

debate de atualidade relativo a estas ocorrências — digo, de novo, que são lamentáveis e dramáticas — e não

agendam um debate de atualidade para se falar sobre o aumento dos cuidados de saúde primários, do

atendimento em urgências, dos hospitais que foram retirados da situação de falência em que se encontravam,

como os senhores bem sabem, que herdámos do Governo do Partido Socialista?

Porque é que não agendam debates de atualidade sobre o aumento de consultas externas, o aumento de

cirurgias programadas, o aumento de cirurgias em ambulatório, a redução drástica do tempo de espera para

cirurgia, os horários alargados de funcionamento dos cuidados de saúde primários, o aumento de utentes

isentos de taxas moderadoras? Temos praticamente 6 milhões de utentes isentos de taxas moderadoras e

temos um aumento da ordem dos 3000 internos. Porque é que os senhores não fizeram nada?

Os senhores sabem que os médicos não se formam em três dias, nem em três anos, em média demoram

11 anos a serem formados.

Porque é que os senhores não fizeram nada para formar mais especialistas, e mais especialistas em clínica

geral, em saúde geral familiar?

Porque é que os senhores não agendam debates de urgência para falar sobre o aumento da contratação

de médicos, que foi da ordem dos 1700 nos últimos três anos?

Porque é que os senhores não agendam debates de atualidade sobre estas melhorias no Serviço Nacional

de Saúde?

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Porque é que a Sr.ª Deputada não agenda? Tem o mesmo

poder de iniciativa que nós!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Para acabar, Sr.ª Presidente, lamento profundamente que os partidos

da oposição não reconheçam que o Serviço Nacional de Saúde está francamente melhor do que estava há

três anos. O Serviço Nacional de Saúde foi resgatado da falência em que muitos hospitais se encontravam. E

desculpem, Sr.as

e Srs. Deputados da oposição, os senhores utilizam dramas humanos para fazer querela

político-partidária. Mas a saúde dos portugueses é muito mais importante do que isso!

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Ah, pois é!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — E os senhores, que têm responsabilidade individual e coletiva, não

deveriam utilizar dramas pessoais e humanos para fazerem querela político-partidária e «cavalgarem a onda»

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Ministro, Srs. Secretários de

Estado: Tudo o que hoje estamos aqui a discutir era previsível e era evitável.

Sr. Ministro, gostava de começar por recordar as suas palavras no dia 19 de dezembro, uma vez que o

senhor, nesse dia, das poucas vezes que falou sobre aquilo que se está a passar, dizia: «Não tenho nenhuma

dúvida de que, como em todos os outros anos, haverá resposta do Serviço Nacional de Saúde.»

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