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I SÉRIE — NÚMERO 39

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Este parecer e estas conclusões tiveram votos a favor da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa), da

CAP (Agricultores de Portugal), da CCP (Confederação do Comércio e Serviços de Portugal), da

Confederação do Turismo Português, da UGT (União Geral de Trabalhadores), da CGTP (Confederação Geral

dos Trabalhadores Portugueses), da Associação Nacional de Municípios Portugueses, das IPSS e das

universidades.Representam um amplo consenso nacional. Só o Sr. Primeiro-Ministro e o seu Governo estão

fora desse consenso. Estão institucionalmente isolados, Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Ferro Rodrigues, não sei se a sua intenção era a

de que eu comentasse a sua intervenção!? É porque não percebi a pergunta.

Protestos do PS.

Sr. Deputado, não me leve a mal, pensei que ia fazer-me uma pergunta, mas o Sr. Deputado calou-se

quando descreveu um conjunto de circunstâncias e, com certeza, esperaria que eu comentasse.

Aproveito o facto de o Sr. Deputado ter intervindo, e de eu ter também intervenção neste debate, para dizer

o seguinte: nunca o Governo teve qualquer preocupação em fazer aquilo que deveria fazer se isso

desagradasse a alguém.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Isso é verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Governo nunca esteve com a preocupação de agradar, Sr. Deputado. O

Governo esteve sempre com a preocupação de fazer o que era preciso. Isso é conhecido no País.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Diz o Sr. Deputado: «Mas olhe que isso custa-lhe um parecer negativo do Conselho Económico e Social.»

Todos os anos o Conselho Económico e Social deu pareceres negativos quer ao Orçamento do Estado quer à

Conta Geral do Estado. Todos os anos, Sr. Deputado!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Portanto, isso não é importante!

O Sr. Primeiro-Ministro: — No entanto, isso nunca impediu que os resultados, que eram objetivo das

intervenções, não fossem alcançados. Ao contrário do que o Sr. Deputado citou, os nossos objetivos foram

alcançados — e o País sabe-o. Por isso é que o Programa de Assistência acabou, por isso é que não

solicitámos um novo programa…

Protestos da Deputada do PS Sónia Fertuzinhos.

A Sr.ª Deputada quer ouvir a minha intervenção ou quer que eu oiça um pouco mais da vossa intervenção?

Eu oiço. Gosto também muito de ouvir!

Os objetivos foram, portanto, alcançados, ao contrário daquilo que o Sr. Deputado cita desse parecer. E é

porque esses objetivos foram alcançados que o Governo não se importa de se manter, como o Sr. Deputado

diz, «isolado» nesses pareceres e nesses relatórios, defendendo a posição do País. Estou muito interessado

em saber qual é o julgamento que o País fará desse trabalho.

Nós gostamos muito de ouvir a opinião dos parceiros, dos partidos políticos, mas nós não governamos nem

para os parceiros nem para os partidos políticos; governamos para os portugueses. Foram eles que nos

elegeram e é a eles que vamos prestar contas, Sr. Deputado.

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