O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 40

40

Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Teresa Anjinho: Não deixa

de ser curioso ouvir o CDS invocar a Constituição, nomeadamente o seu artigo que proíbe as discriminações

em função de tantos fundamentos, nomeadamente o da orientação sexual. E, sim, Sr.ª Deputada Teresa

Anjinho, tornar séria esta discussão é reconhecer que ela se faz também em nome do superior interesse das

crianças.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — A Sr.ª Deputada, que acompanha esta questão e que acompanhou esta

discussão na 1.ª Comissão, sabe bem que há um consenso científico cada vez mais alargado sobre o facto de

a orientação sexual não ser um fator determinante na qualidade da educação das crianças.

A Sr.ª Teresa Anjinho (CDS-PP): — Isso nunca esteve em causa!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Por isso, honestamente, pelo menos no plano intelectual deveria

reconhecer este argumento.

Tal como sabe, Sr.ª Deputada, porque acompanha estas matérias, que esta seria uma questão

determinante para o número exorbitante de crianças institucionalizadas que são vítimas, muitas vezes, de

critérios fortemente apertados no que diz respeito a casais heterossexuais. Desta forma, estar-lhes-íamos a

dar a oportunidade de ter uma família que as deseja, que as quer, que lhes pode dar afeto e que tem

condições para as criar. É disto que estamos a falar com toda a seriedade, não andamos ao lado, não

fazemos curvas sobre uma questão fundamental.

Sr. Deputado Luís Montenegro, falou aqui da primeira vez, da segunda vez, da terceira vez, da quarta

vez… Até pensei que o Sr. Deputado fosse falar dos chumbos do Orçamento do Estado no Tribunal

Constitucional!… Mas não, o Sr. Deputado queria falar, de facto, das iniciativas legislativas apresentadas para

desbloquear a lei relativamente à possibilidade de adoção por casais do mesmo sexo. E é verdade, Sr.

Deputado, apresentaremos tantas iniciativas quantas as necessárias para acabar com esta discriminação

absurda, para acabar com esta aberração no quadro legal da própria União Europeia, como bem sabe.

Sr. Deputado, falou-nos em legitimidade e questionou-se sobre o que é que é ilegítimo. Assim, quero

perguntar-lhe se não considera, com toda a seriedade, ilegítimo manter o preconceito, se isto não é

verdadeiramente aquilo que é ilegítimo e que deve ser discutido.

O Sr. Deputado fez aqui um apelo para discutirmos no plano da estabilidade. Sr. Deputado, para si manter

a desigualdade é falar de estabilidade? É este o seu conceito de estabilidade?

Aplausos do BE e de Deputados do PS.

É este o conceito de estabilidade para o PSD? É manter estas desigualdades absolutamente insuportáveis,

Sr. Deputado? É manter esta dupla limitação de direitos para as crianças e para os casais do mesmo sexo?

O Sr. Deputado falou-nos ainda em orgulho, disse: «Temos orgulho». Sr. Deputado, tem a certeza de que

mantém esse orgulho até ao fim?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não tenho dúvida nenhuma!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Tem a certeza de que o PSD é capaz de manter esse orgulho até ao fim

quando ele vai legitimar, com o vosso voto contra, a desigualdade destes casais e destas crianças? Quando

ele vai pactuar com este condicionamento e com esta limitação de direitos? Como é que nos pode falar em

orgulho, Sr. Deputado?

Aplausos do BE, de Os Verdes e de Deputados do PS.

Páginas Relacionadas
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 40 22 Relativamente ao Decreto-Lei n.º 175/2014, de
Pág.Página 22
Página 0023:
22 DE JANEIRO DE 2015 23 A opção não está em vender a TAP mais depressa ou mais dev
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 40 24 Sr. Secretário de Estado, também já lhe temos
Pág.Página 24
Página 0025:
22 DE JANEIRO DE 2015 25 Está em causa a garantia de que a TAP, depois deste proces
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 40 26 A Sr.ª Carina Oliveira (PSD): — Claro!
Pág.Página 26
Página 0027:
22 DE JANEIRO DE 2015 27 Para além disso, a TAP é a maior exportadora nacional e ac
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 40 28 Mais: quer obrigar a empresa que ficar com a T
Pág.Página 28
Página 0029:
22 DE JANEIRO DE 2015 29 Quanto a esta matéria, há um largo consenso nesta Câmara.
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 40 30 nomeámos a comissão de acompanhamento mais tar
Pág.Página 30
Página 0031:
22 DE JANEIRO DE 2015 31 Aplausos do PS. A Sr.ª Presidente: —
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 40 32 meu colega Adolfo Mesquita Nunes tem feito na
Pág.Página 32