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I SÉRIE — NÚMERO 44

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a readmissão, até, de funcionários públicos, ou seja, uma série de medidas políticas que se antevê possam vir

a ser tomadas muito brevemente pelo novo governo grego.

Numa conclusão, Sr. Primeiro-Ministro, trata-se de assumir aquilo que, no fundo, também os partidos da

oposição, em Portugal, foram defendendo ao longo dos últimos anos: de uma penada, acabar com a

austeridade, naquilo que ela significa de esforço para consolidar as finanças públicas e, por via disso, atingir o

crescimento económico; não fazer as reformas estruturais; é quase que, por magia, conseguir,

simultaneamente, ter finanças públicas equilibradas, crescimento, criação de emprego.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — É verdade!

Protestos do PCP e do BE.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É isto que, aparentemente, é ser syrisista, e foi isto que juntou todos os

partidos políticos da oposição no último domingo.

Mas, Sr. Primeiro-Ministro, a questão que interessa mais a Portugal não é propriamente essa. É, se calhar,

partindo desta base de reflexão, perguntarmos nós aos portugueses: se tivéssemos, em Portugal, executado a

receita syrisista que junta tanto — e juntou tanto ao longo dos últimos três anos e meio — o Partido Socialista,

o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda, estávamos hoje, em Portugal, como estamos?

Estávamos hoje, em Portugal, com juros historicamente baixos nos mercados? Estávamos hoje, em Portugal,

a repor salários na Administração Pública? Estávamos hoje, em Portugal, a fazer um aumento do salário

mínimo nacional consistente, sólido — cremos que duradouro e que possa evoluir, mais positivamente, nos

próximos anos? Estávamos hoje, em Portugal, com a economia a crescer, e a crescer mais do que a média da

zona euro? Estávamos hoje, em Portugal, em condições de podermos iniciar um processo de pagamento

antecipado dos nossos empréstimos ao Fundo Monetário Internacional? Estávamos hoje, em Portugal, a poder

recuperar o rendimento dos pensionistas? E estávamos hoje, em Portugal, também, a poder recuperar, de

forma muito consistente, o emprego e a fazer baixar a taxa de desemprego?

No vou repetir os elementos que já hoje aqui foram deixados, mas os números que foram ontem

conhecidos, e hoje também confirmados pelo Eurostat, dão-nos uma realidade que é factual: nos últimos 23

meses, o desemprego, em Portugal, desceu em 22 meses! Isto é factual! Isto é real! Isto atinge o dia a dia de

muitas pessoas, de muitas famílias, atinge o dia a dia e a dinâmica social e económica de Portugal.

Sr. Primeiro-Ministro, é preciso perguntar, se tivéssemos seguido essa receita, se estávamos em condições

de hoje podermos atingir esse resultado.

De facto, Sr. Primeiro-Ministro, é um pouco chocante que a oposição, perante esta realidade, continue a

insistir na tese de que o Governo falha todas as suas previsões. O Governo e esta maioria são, de facto, muito

maus a fazer previsões, porque previmos uma taxa de desemprego, e ela, afinal, é mais baixa do que aquela

que foi a nossa previsão!…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Claro!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nós tínhamos um objetivo para o défice e, afinal, o défice é mais baixo

do que o nosso objetivo, que era muito exigente. Nós somos maus, Sr. Primeiro-Ministro!…

Como se diz lá na minha terra, os partidos da oposição, esses, a preverem, são uma categoria!

Risos.

Sr. Primeiro-Ministro, foi assim com a antevisão que fizeram de que não íamos acabar o programa; foi

assim com a espiral recessiva; foi assim com a taxa de desemprego; foi assim com o défice de 2014. E, como

diria o nosso Ministro da Economia, relativamente ao défice de 2014…

Risos do PSD.

Então, aí, foi mesmo uma categoria!

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